A Biblioteca da Ajuda é uma das mais antigas Bibliotecas de Portugal caracterizando-se, pela natureza e riqueza dos seus fundos, como uma Biblioteca Patrimonial que tem por objecto a conservação, estudo e divulgação do seu acervo documental
Catálogo da exposição Arte Médica e Imagem do Corpo
Catálogo da exposição Arte Médica e Imagem do Corpo evidencia a riqueza das colecções da Biblioteca Nacional de Portugal e da Biblioteca da Ajuda em matéria científica.
Encarado como um belíssimo e valioso instrumento de trabalho para as futuras gerações de investigadores, o catálogo apresenta oito estudos: Filosofia e inteligibilidade médica, de Adelino Cardoso, A medicina e a arte de representar o corpo e o mundo através da anatomia, de Manuel Valente Alves, The Paracelsian image of the body and its legacy, de Guido Giglioni, Livros sobre monstros e prodígios, de Palmira Fontes da Costa, Figurações do corpo feminino do século XV ao século XVIII, de Maria do Sameiro Barroso, A organização e regulação das profissões médicas no Portugal Moderno: entre as orientações da Coroa e os interesses privados, de Laurinda Abreu, O discurso higienista no Portugal do século XVIII: tradição e modernidade, de Bruno Barreiros e A febre, a fibra e o espasmo, de Manuel Silvério Marques.
Encarado como um belíssimo e valioso instrumento de trabalho para as futuras gerações de investigadores, o catálogo apresenta oito estudos: Filosofia e inteligibilidade médica, de Adelino Cardoso, A medicina e a arte de representar o corpo e o mundo através da anatomia, de Manuel Valente Alves, The Paracelsian image of the body and its legacy, de Guido Giglioni, Livros sobre monstros e prodígios, de Palmira Fontes da Costa, Figurações do corpo feminino do século XV ao século XVIII, de Maria do Sameiro Barroso, A organização e regulação das profissões médicas no Portugal Moderno: entre as orientações da Coroa e os interesses privados, de Laurinda Abreu, O discurso higienista no Portugal do século XVIII: tradição e modernidade, de Bruno Barreiros e A febre, a fibra e o espasmo, de Manuel Silvério Marques.
Exposição Arte Médica e Imagem do Corpo: de Hipócrates ao final do século XVIII.
Exposição patente na BNP até 31 de Julho, entre as 13h00 e as 19h00, nos dias úteis, e entre as 10h00 e as 17h00, aos sábados.
Mostra que se pretende representativa do riquíssimo acervo da BNP e da Biblioteca da Ajuda. De facto, na selecção dos títulos houve a preocupação de evidenciar as obras de referência, que marcaram dois milénios de história da medicina. Assim, estarão patentes ao público obras das figuras mais eminentes que se ocuparam da arte médica. Numa sequência que combina a articulação temática e a progressão histórica, poder-se-ão apreciar livros da autoria de, nomeadamente, Hipócrates, Galeno, Avicena, Averróis, Pedro Hispano, Mondino, Vesálio, Francisco Sanches, Harvey, Borelli, Boerhaave, Stahl, Ribeiro Sanches, Pinel.
Apresentam-se obras raras, algumas das quais praticamente desconhecidas. Refira-se, a título exemplificativo, a “Physionomia” de Rolando de Lisboa, um médico filho de mãe portuguesa, que exerceu a arte e foi professor na Universidade de Paris no século XV. Este título, de que ainda não existe versão impressa, representa o primeiro esforço de conferir à Fisiognomia o estatuto de uma ciência. A Fisiognomia consiste no intento de estabelecer correspondências exactas entre o interior e a aparência exterior, de modo a apreender na expressão corporal os sentimentos íntimos e as disposições morais da pessoa em causa.
O catálogo, de mais de 650 páginas, constituirá um valioso instrumento de trabalho para as novas gerações de investigadores. Aí se encontra não apenas uma listagem de obras, da BNP e Biblioteca da Ajuda, mas também sugestões de percursos e articulações.
A concepção da exposição inscreve-se numa estratégia de olhar para a medicina como expressão de cultura. Efectivamente, a medicina é uma ciência, uma arte, um dispositivo técnico, mas é também uma ética, um modo peculiar de relação, uma via de auto-compreensão do humano.
O visitante não será certamente indiferente à beleza de muitas das obras manuscritas e impressas apresentadas. Mas pretendeu-se igualmente criar uma ambiência reflexiva, confrontar o público com questões que dizem respeito à própria condição humana. De facto, a ciência e a arte médicas intentam explicar, controlar e reparar a doença. Mas o fenómeno do adoecer permanece largamente enigmático, suscitando as mais fundas perplexidades. O ser humano saudável é um doente que se desconhece? Faz sentido a utopia de erradicar a doença da espécie humana?
Apresentam-se obras raras, algumas das quais praticamente desconhecidas. Refira-se, a título exemplificativo, a “Physionomia” de Rolando de Lisboa, um médico filho de mãe portuguesa, que exerceu a arte e foi professor na Universidade de Paris no século XV. Este título, de que ainda não existe versão impressa, representa o primeiro esforço de conferir à Fisiognomia o estatuto de uma ciência. A Fisiognomia consiste no intento de estabelecer correspondências exactas entre o interior e a aparência exterior, de modo a apreender na expressão corporal os sentimentos íntimos e as disposições morais da pessoa em causa.
O catálogo, de mais de 650 páginas, constituirá um valioso instrumento de trabalho para as novas gerações de investigadores. Aí se encontra não apenas uma listagem de obras, da BNP e Biblioteca da Ajuda, mas também sugestões de percursos e articulações.
A concepção da exposição inscreve-se numa estratégia de olhar para a medicina como expressão de cultura. Efectivamente, a medicina é uma ciência, uma arte, um dispositivo técnico, mas é também uma ética, um modo peculiar de relação, uma via de auto-compreensão do humano.
O visitante não será certamente indiferente à beleza de muitas das obras manuscritas e impressas apresentadas. Mas pretendeu-se igualmente criar uma ambiência reflexiva, confrontar o público com questões que dizem respeito à própria condição humana. De facto, a ciência e a arte médicas intentam explicar, controlar e reparar a doença. Mas o fenómeno do adoecer permanece largamente enigmático, suscitando as mais fundas perplexidades. O ser humano saudável é um doente que se desconhece? Faz sentido a utopia de erradicar a doença da espécie humana?
Programa do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
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