Aviso: Leitura encerrada

Informamos que, devido à preparação e realização de um evento oficial nesta Biblioteca, o serviço de leitura estará encerrado no dia 28 de Outubro (segunda-feira).

O horário regular será retomado no dia 29 de outubro (Terça-feira).

 Agradecemos a compreensão dos nossos leitores

Convite

Na próxima quarta-feira, 9 de Outubro às 18h00, convidamos todos a assistir, ao episódio sobre o compositor Português Pedro António Avondano, da série MESTRES E SONS LUSITANOS 




Mestres e Sons Lusitanos: apresentação da série documental sobre compositores portugueses dos Séc. XVII e XIX

Biblioteca da Ajuda | 9 Out. '24 | 18h00| Palácio Nacional da Ajuda  



A série documental retrata a biografia de seis compositores portugueses dos séculos XVIII e XIX, que escreveram obras musicais que ficaram famosas na época, dentro e fora de Portugal. Nos dias de hoje, estas obras estão em estado de hibernação, na escuridão dos depósitos e dos arquivos, longe dos ouvidos do público e das luzes dos palcos. Nesta série documental, foram filmadas centenas de documentos históricos e dezenas de entrevistas com historiadores, músicos e musicólogos, para redescobrir a vida e as obras destes compositores. Neste episódio são reveladas as recentes descobertas sobre a vida do compositor português Pedro António Avondano e sobre algumas das suas obras que continuam inéditas ou são raramente interpretadas em Portugal. A antestreia deste episódio será acompanhada por uma breve palestra da autora sobre a presença da música portuguesa no espaço cultural em Portugal e no mundo, e a importância de promover políticas culturais capazes de dar vida ao património musical português nas salas de espetáculo e nas instituições de ensino e de aprendizagem musical.

Jornadas Europeias do Património de 2024: Sessão evocativa dos 50 anos do incêndio, no Palácio da Ajuda

Palácio Nacional da Ajuda | 20 set. '24 | 16h00-17h30 | Biblioteca da Ajuda | Entrada livre

No âmbito das Jornadas Europeias do Património terá lugar na Biblioteca da Ajuda uma sessão evocativa do incêndio que, na noite de 23 para 24 de setembro de 1974, deflagrou no Palácio da Ajuda e implacavelmente destruiu a Galeria de Pintura, criada pelo Rei D. Luís para albergar parte da sua colecção de arte.

Passados 50 anos do sucedido e  contando com diversos testemunhos de época, diretos ou indiretos, voltaremos à reflexão e debate em torno da segurança e protecção do nosso património.

No decorrer da sessão serão exibidas filmagens realizadas à data e será apresentado um projeto de investigação para a reconstituição digital da Galeria de Pintura do rei D. Luís.


Camões e a BA: Os retratos em livros

 A representação iconográfica de Luís de Camões não tem associado um original de época, ao vivo, que permita a avaliação da exatidão dos seus retratos por referência a ele. O "famoso" retrato a sanguínea executado por Fernão Gomes, em Lisboa, em 1572, que seria coevo do poeta, tem sobre si uma história complicada de desaparecimento e reaparecimento ainda em estudo e, por outro lado, não parece ser conhecido dos biógrafos iniciais de Camões: Manuel Correia, Pedro Mariz e Manuel Severim de Faria.

De entre as primeiras obras biográficas que remetem para testemunhos diretos, destacamos, por ter um retrato do poeta, a sua biografia por Manuel Severim de Faria em "Discursos vários políticos …" de que a BA guarda o duplo registo: 


O impresso da 1.ª edição, o cimélio BA 50-XI-7 (igual a BA A-III-1) e o manuscrito, de 1622, que presidiu a esta 1.ª impressão, 
BA 52-VIII-49, no qual não constam os dois retratos da edição impressa.



50-XI-7:

Retrato por Gaspar de Faria Severim, em frontispício da "Vida de Lvis de Camoens", in Discursos vários de Manoel de Faria Severim, (1º ed.) 1624, p. 87 e segs., que está na origem de múltiplas gravuras posteriores do poeta.


"A. Paulus sculp." – Andries Pauwels ou Paulis (Antuérpia 1600-1639): gravador flamengo, conhecido pela ilustração de múltiplas obras com temas bíblicos, históricos, retratos … . Foi discípulo de Lucas Vosterman, o Velho e pertencia à sua Guilda em Antuérpia.


46-VIII-39: 

Retrato de Camões, em pedestal arq., "Lusiadas de Luis de camões Principe de los Poetas de España… Comentadas por Manuel de Faria e Sousa..". Desenho em moldura com a legenda: "Luis de camoens aet. XLVIII". 

"Este retrato…es hecho de mano de Manuel de Faria [e Sousa]", 1636 (anotação ms. no canto superior direito).

 



50-XIV-18: 

Retratos de Luís de Camões e Manuel Faria e Sousa, gravados por Pero de Villafranca [y Malagón, c. 1615-1684], - Madrid, 1637 - na edição impressa do ms. de Manuel de Faria e Sousa.

 O facto do olho ferido ser o esquerdo é sujeito ainda hoje a interpretação.




55-IV-49, nº 16:

Camões meio-corpo. Gravura em medalhão. Mote: "Mansura per aevum fatorum comites" - 1641

(Com pena, livro e cota de soldado) = A partir da grav. de Gaspar Severim de Faria 1624. 

Frontispício de folheto de 4 p., com a defesa de Camões, por João Soares de Brito (1611-1664).




 


57-I-1:

Retrato a meio corpo de Camões,com legenda decorado abaixo com versos. Fundo: Tejo e Torre Belém
 "Hieronym. Barr. inv. – Lucius sculp. Olisip. 1784"

Jerónimo de Barros Ferreira, 1750-1803. Pintor vimaranense.

José Lúcio da Costa (final séc. xviii). Desenhador e gravador, conhecido apenas por "Lúcio". Além desta gravação do retrato de Camões de J. B. F., executou a gravura duma medalha em honra do poeta a partir da medalha camoniana feita na Grã Bretanha pelo Barão de Dillon e copiada em 1793 por iniciativa do P. Tomás José de Aquino. (Extraído de Dicionário de pintores e escultores portugueses … / Fernando de PAMPLONA, s.l.: Oficina Gráfica lda., 1956, vol. II, p. 278/279).


68-II-12: 

Obras de Luis de Camões, principe dos poetas de Hespanha. - Nova ediçaõ, a mais completa e emendada... / de Luis Francisco Xavier Coelho. - Lisboa : na Officina Luisiana, 1779-[1780]. -  4 t. : il. 8º (18 cm)

Grav. oval de Camões com coroa de louros sob plinto com versos e legenda "Ant.º Frz. Roiz fes."

"Ludovicus Camonius Lusitanus, Epicorum Poetarum"

António Fernandes Rodrigues (1727-1807): Desenhador, gravador, arquiteto e medalhista. Nasceu no Brasil, aprendeu desenho e modelação com João Gomes Baptista, abridor de cunhos. Esteve em Lisboa em 1758 e, no ano seguinte, foi para Roma onde foi discípulo do escultor e gravador Filipe de la Valle. Daqui seguiu para Florença. Regressou a Lisboa em 1762, distinguindo-se como gravador e arquitecto.

50-XV-24:

Retrato a ¾ de Camões segurando um exemplar de Os Lusíadas, de cota militar e coroa de louros, sobre a legenda "Daqvele, cvia lyra sonorosa / sera mais afamada qve ditosa". O retrato está enquadrado em frontispício arquitetónico com reprodução de cenas e símbolos alegóricos dos Lusíadas.

"F. Gérard Delt. Effig. L. Visconti Delt. Pluteum. F. Lignon Sculpt.".

François Gérard (1770-1837) – Pintor de cenas históricas e retratista conseguiu enorme reputação em França onde foi pintor da Corte sob diversos soberanos.

Louis Tullius Joachim Visconti (1791-1853) – arquiteto, estudou na faculdade de Belas Artes de Paris, recebeu diversos prémios e manteve-se ligado profissionalmente ao governo de Paris, propondo e dirigindo intervenções em edifícios emblemáticos como a Biblioteca Real, o Palácio do Louvre e o túmulo de Napoleão Bonaparte nos Inválidos.

Etienne Frédéric Lignon (1773-1833) – Gravador.

 Da revisão das chapas e sua harmonização foi encarregue o famoso gravador Paolo Toschi que deixou marcas  – de difícil visualização – em algumas gravuras, como no retrato em frontispício  desta edição se deteta: um "T" no braço direito do busto.

 

Considerado um dos melhores retratos gravados do Poeta, faz jus ao empenho e dedicação do Morgado de Mateus na composição dos "seus" Lusíadas de 1817, para a qual contratou os melhores artistas e gravadores. Estas estampas, pela qualidade do desenho e da gravura, constituíram coleções que foram sendo produzidas, muitas delas, a partir das provas originais.

 
113-VII-55:                                                                                                                 
"La Statue de Camoëns" (grav. desd., frontsp. do texto "L'Association des journalistes et écrivains portugais.", pp. 209-216, in Les Fêtes en PortugalInauguration du chemin de fer de la Beira Alta: voyage de la famille royale. /Notes et souvenirs de voyage par B[ronislaw] Wolowki, 1883.


Estátua da autoria de Vítor Bastos, realizada entre 1860-1867 ano em que foi inaugurada na presença do rei (D. Luís I), em 9 de Out.. Em bronze, a figura principal, com 4m de altura sobre um pedestal de 7, 48m; está rodeada de 8 estátuas em pedra lioz representando: Fernão Lopes, Pedro Nunes, Gomes Eanes de Azurara, João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, Vasco Mouzinho de Quevedo, Jerónimo Corte Real e Francisco Sá de Miranda. O custo da obra, paga a Vítor Bastos, foi de 38 contos.

Inauguração da estátua: Vj. ArchivoPitoresco, vol. X, 1867.


Curso de Paleografia e Edição de Textos: “Ler a China e o Brasil em Manuscritos (Sécs. XVI-XIX). ”


De 19 de Setembro a 25 de Outubro realiza-se o curso Ler a China e o Brasil em Manuscritos (Sécs. XVI-XIX).

Curso de Paleografia e Edição de Textos, organizado conjuntamente pelo Centro Científico e Cultural de Macau e pelo Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa, com a parceria da Biblioteca da Ajuda. 

O curso terá um formato híbrido, decorrendo as aulas presenciais no Centro Científico e Cultural de Macau, e será coordenado por Cristina Costa Gomes e Isabel Murta Pina. 

O objectivo do curso é o de proporcionar a todos os interessados conhecimentos práticos de leitura paleográfica, transcrição e edição de textos dos séculos XVI a XIX.

Informações mais detalhadas: aqui