Outubro 24, Dia das Nações Unidas

A declaração do dia internacional das Nações Unidas foi decidida em Assembleia Geral da ONU, no ano de 1947, homenageando, por merecimento universal, a Carta das Nações Unidas, documento seminal e de importância magna para o Homem e para o mundo.

Ao celebrar esta data, pretende-se chamar a atenção para os propósitos e objetivos das Nações Unidas, angariando, também, apoios necessários à prossecução de ações profícuas continuadas, por esta instituição desenvolvidas, promotora que é do diálogo entre os povos e as nações.

Os programas dos anos anteriores incluíram concertos e iniciativas de divulgação de manifestações musicais e orais várias, que integram (ou vieram a integrar) a lista do Património Cultural Imaterial da Unesco - um dos órgãos da ONU – no sentido de, ao enriquecer a interação das culturas e dos povos, promover a recetividade e aceitação do outro, tornando próximo o distante, incorporando valores de cooperação, princípios ao serviço do desenvolvimento sustentável.

Neste espírito de união entre povos e de genuíno convívio com a diferença alicerça-se o sentido de pertença a uma família, à maior família: o mundo. O mesmo é dizer: um mundo que recusa o horror, a perseguição, a exclusão, a guerra, a violência, isto é, um mundo em paz.

Não quisemos, pois, deixar de assinalar este dia, com alegria e sentido respeito, associando-nos a esta celebração dos valores mais dignificantes do Homem, os quais têm vindo a ser veiculados há séculos, com privilégio, através da palavra escrita e dos livros.

Do acervo desta biblioteca, selecionámos uma obra em linha com o espírito humanista que esta data promove, extraindo a seguinte citação:


“The great question which, in all ages, has disturbed mankind, and brought on them the greatest part of their mischiefs ... has been, not whether be power in the world, nor whence it came, but who should have it.”

John Locke

Portrait of John Locke by Sir Godfrey Kneller (1697)

An Abridgment of Mr. Locke's Essay concerning Human Understanding [By J. Wynne.] A new edition, with additions ... / [By Locke, John 1632-1704.]
Edinburgh : A. Donaldson MDCCLXVII [1767]
272 p. ; 12º
BA: 34-II-4

Recursos eletrónicos 

A Bíblia medieval - Do Românico ao Gótico (sécs. XII-XIII): textos e imagens, produção e usos

COLÓQUIO INTERNACIONAL | 3 e 4 de nov. | Auditório Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) |


Tendo por base o estudo das Bíblias portáteis do século XIII, este colóquio internacional pretende fomentar a reflexão e discussão em torno destes manuscritos, no sentido de conhecer melhor o contexto histórico-cultural em que surgiram, em questões relacionadas com a produção artística, a sua importância social e religiosa e, também, para o conhecimento dos novos contextos de leitura e modos de difusão e recepção dos textos, assim como da própria reflexão teológica. Parte da nossa herança cultural, estes códices são testemunhos eloquentes da história social e intelectual da Idade Média europeia e elementos relevantes para o reconhecimento identitário das instituições que os acolheram e personalidades que promoveram a sua produção e circulação. Associados a novos meios de cultura, importa valorizar as novas funcionalidades de leitura a que estão associados e nos quais assumem renovada importância.

A realização deste encontro científico, que conta com a participação de reputados investigadores, nacionais e estrangeiros, de distintos domínios do saber, não deixará de ser um valioso contributo para o aprofundamento e difusão daquela tipologia de manuscritos e será, igualmente, uma oportunidade para divulgar a investigação desenvolvida em Portugal, nomeadamente no domínio da iluminura medieval.

Mais informações no portal do Colóquio Internacional [aqui]

Inscrições: [aqui]

Programa [aqui]

“Portuguese Studies on Medieval Illuminated Manuscripts”


Apresentação pública | 23 de Outubro | 16h00 |  Fundação Calouste Gulbenkian, Auditório 3

Portuguese Studies on Medieval Illuminated Manuscripts é uma obra, coordenada por Maria Adelaide Miranda e Alícia Miguélez Cavero, que reúne artigos de investigadores do Instituto de Estudos Medievais (IEM) sobre uma das áreas de pesquisa mais emblemáticas desenvolvidas nesta unidade de investigação: o estudo da iluminura medieval. Este volume projeta a novidade e a consistência da abordagem seguida, ou seja, o cruzamento entre a História da Arte e a Química, constituindo um paradigma de concretização da interdisciplinaridade entre áreas científicas muito diferentes.



















Índice da publicação: aqui

Editora Brepols: aqui

Fédération Internationale des Instituts d'Études Mediévales: aqui

O Fundo da Biblioteca da Ajuda Novos caminhos para a investigação


16 de Outubro | das 14h00 às 18h00 |  FSCH | Universidade Nova de Lisboa 


Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa 
Edifício ID, Sala 0.06 

Painel I
14h00 – Abertura: Direcção do IEM e Direcção da Biblioteca da Ajuda
14h30 – Cristina Pinto Basto e Fátima Gomes (BA-PNA): Biblioteca da Ajuda: História e estórias das colecções
15h00 – Xavier Binnebeke (Invest. Indep.): Padre Domingos Pereira, a Biblioteca das Necessidades e a Ajuda: Manuscritos medievais e incunábulos
15h30 – Questões / debate seguido de pausa para café
Painel II
16h00 – Fernanda Campos (CHAM -FCS H/NOVA , UA c): Ordenar livros, ordenar saberes: reflexões de um estudo comparativo sobre bibliotecas religiosas
16h30 – Catarina Fernandes Barreira (IEM-FCSH/NOVA ): Um manuscrito das Sentenças de Pedro Lombardo na Biblioteca da Ajuda
17h00 – Graça Videira Lopes (IEM-FCSH/NOVA ): O Cancioneiro da Ajuda
17h30 – Luís Campos Ribeiro (IEM-FCSH/NOVA ): Arte e ciência nos manuscritos da Biblioteca da Ajuda
18h00 – Debate final e encerramento

Comissão Organizadora
Cristina Pinto Basto (BA-PNA), Fátima Gomes (BA-PNA), Maria Coutinho (IEM-FCSH/NOVA ), Luís Campos Ribeiro (IEM-FCSH/NOVA ), Xavier Binnebeke (INVest. Indep.)

Informações Adicionais
Instituto de Estudos Medievais - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (IEM-FCSH/NOVA )
Avenida de Berna, 26 C, 1069-061, Lisboa, Portugal | (+351) 21 790 83 00 | iem.geral@fcsh.unl.pt | http://iem.fcsh.unl.

Esta iniciativa é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projecto: UID/HIS/00749/2013 design: Luís Campos Ribeiro, Ricardo Naito (BGCT-IEM-FCSH/NOVA )
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A BA NO MUSEU DE S. ROQUE


“De Roma para Lisboa. Um álbum para o Rei Magnânimo”

Esta Exposição é organizada em torno do denominado Álbum Weale (designação proveniente do nome do editor inglês John Weale em cuja posse esteve no século XIX). São 160 folhas com o registo escrito e com os desenhos das encomendas de obras de arte italianas destinadas a Lisboa (designadamente à basílica Patriarcal e à capela de São João Baptista da igreja de São Roque).

A capela de São João Baptista, enquanto obra de arte total, conceito eminentemente barroco, constitui cerca de 80% do Álbum, no que a desenhos concerne", contou a comissária, envolvendo, na sua origem, a participação de soberano, embaixadores, manuscritos e de todos os artistas que asseguraram a feitura das peças desenhadas".

Como o Álbum Weale viajou ao longo de toda a sua existência, a exposição inaugurada foi concebida em torno da ideia-chave de viagem, "enquanto processo de intercâmbio cultural e artístico"

O volume, após vicissitudes várias, que o fizeram viajar de Lisboa para o Rio de Janeiro (com a família real, em 1807), depois a Londres e finalmente a Paris - consta na atualidade dos fundos da Biblioteca da École Nationale Supérieure des Beaux-arts de Paris. Graças ao empenhamento da SCML, foi objeto de uma intervenção de conservação e restauro, antes de ser transportado para Portugal.

Para a visão global das encomendas joaninas, a observação do conteúdo do Álbum Weale deve de ser complementada com a consulta da correspondência assiduamente trocada entre Lisboa e Roma e ainda da vasta documentação produzida pela embaixada de Portugal, disponível na Biblioteca da Ajuda.

Esta exposição, que inclui, além dos desenhos, diversas peças da época, tais como quadros e peças de ourivesaria - relicários cálices, salvas e custódias, - está patente na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque até ao próximo dia 25 de outubro.

Galeria de fotografias aqui

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda: Estudos e publicação de fontes


"Arte e Diplomacia. A vivência romana dos embaixadores joaninos" / Teresa Leonor M. Vale. - Lisboa: Scribe, 2015


O presente livro consiste numa abordagem dos quatro embaixadores que representaram Portugal em Roma durante o reinado de D. João V (1706-1750). A abordagem do tema revela-se duplamente inédita pois nenhuma destas figuras e respectiva acção foi até ao presente objecto de um estudo sistemático e aprofundado mas também porque possui a particularidade de se concretizar atentando na sua relevância cultural, vertente especialmente importante num período em que os contactos culturais e artísticos entre Portugal e Roma estiveram no seu auge.

Foram estes homens que, para além de representarem o país e desenvolverem a sua actuação político-diplomática na então cidade pontifícia, trataram de enviar para Portugal, o recheio artístico da basílica de Mafra, da desaparecida Patriarcal de Lisboa e toda a magnífica capela de S. João Baptista da igreja de S. Roque e suas extraordinárias colecções.

Finalmente, a pertinência deste estudo assenta ainda na publicação de dois inventários inéditos (datados de 1740 e de 1750) de tudo o que se encontrava nos palácios que então serviam de sede à missão diplomática portuguesa em Roma, revelando-se assim, de forma muito concreta e acessível, como viviam estes homens que nos representavam junto do Sumo Pontífice numa época em que Roma era ainda a cabeça do mundo (caput mundi).


Os inventários que no presente estudo se publicam encontram-se ambos no códice com a cota Ms. 49-VIII-21 da Biblioteca da Ajuda de Lisboa , o qual, contém sobretudo o registo de contas da embaixada de Portugal em Roma, relativas ao período entre os meses de Janeiro e Abril de 1751 e reunidas sobre o título genérico de Giustificazioni di pagamenti in Roma per conto della Corte in Lisbona.



1. «Inventário di robbe spettanti alla corte di Lisbona lasciate in Roma dal Vescovo del Porto sino al 30 setembre 1740»

2. «Inventario di ciò che spetta alla corte di Lisbina , e che si ritrova in Roma nel palazzetto à piazza Margana (...)» [1750]


 

Encomendar o livro: aqui

De Roma para Lisboa: Um álbum para o Rei Magnânimo: aqui

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda: Estudos

Bocage e o livro na época do iluminismo / Daniel Pires. - Setúbal: Centro de Estudos Bocageanos, 2015

... Bocage, oriundo da burguesia, classe na época em ascensão, foi um apologista indefesso  do iluminismo e esteve a ferros no Limoeiro, tendo passado pelo menos 43 dias no segredo, cela minúscula, isolada, destinada àqueles que eram considerados politicamente perigosos (...). 



(...) A presente obra inclui, além do catálogo da exposição, uma breve antologia de textos de alguns escritores portugueses mais representativos do século XVIII.  Trinta e um filósofos, cientistas, historiadores e poetas apresentam-nos a sua mundividência peculiar e marcante. Discorreram, entre outros assuntos, sobre a ciência, a filosofia, a educação, o ensino, a religião, o "despotismo esclarecido", o Santo Ofício, o enciclopedismo, as academias, as bibliotecas e o terramoto de 1755.
A sua leitura permite-nos aferir as linhas de força epocais e, paralelamente, aprofundar o conhecimento da obra multímoda e singular de Bocage

Centro de estudos Bocageanos

Programa das Comemorações dos 250 ANOS DO NASCIMENTO DE BOCAGE

Novo Portal dedicado à literatura hispano-portuguesa dos séculos XVI e XVII




A Fundação Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes (BVMC) inaugurou um portal dedicado à literatura hispano-portuguesa  — sécs XVI e XVII  —, que permite aceder a obras de autores portugueses que publicaram em espanhol, durante e após o período da dominação espanhola (1580-1640).

Da lista de autores contam-se, entre outros, o condestável D. Pedro (1429-1466), Gil Vicente (1465-1536), Garcia de Rezende (1470?-1536), D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666), autor de Guerra de Cataluña, passando por poetas como Francisco de Sá Miranda, Luís de Camões e Diogo Bernardes.

Para a criação deste portal, a Biblioteca Virtual Cervantes teve com a colaboração da Biblioteca Nacional de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Biblioteca de Catalunya, da Bayerische Staatsbibliothek, de Munique, das universidades de Oxford e  Michigan, da New York Public Library, da Biblioteca Nazionale Centrale de Roma e da Google.