Luís Serrão Pimentel e a ciência em Portugal no século XVII

EXPOSIÇÃO Biblioteca Nacional de Portugal | 28 fevereiro - 30 abril | Sala de Exposições | Entrada livre 


 Luís Serrão Pimentel foi cosmógrafo-mor (1647, 1671), engenheiro-mor do Reino, tenente general de artilharia, lente e teórico de náutica e arquitetura militar, sendo autor, entre outras obras, do notável e muito difundido Methodo Lusitanico de desenhar as fortificaçoens das praças regulares, & irregulares… (1680), o primeiro tratado português sobre «a arte de fortificação».

Efetuou os primeiros estudos na Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão da Companhia de Jesus, a mais importante instituição de ensino e prática científica em Portugal, na qual se lecionava geometria, aritmética, trigonometria, cosmografia, astronomia, náutica e arquitectura militar.

Os ensinamentos obtidos na Aula do cosmógrafo-mor Valentim de Sá, assim como a experiência adquirida, desde 1641, «ensinando e examinando os pilotos, sota pilotos e mestres, prouendo delles as armadas e naos da India», iriam valer-lhe a nomeação para cosmógrafo-mor, primeiro interinamente (1647), e depois em definitivo (1671).

A BNP evoca os 400 anos do nascimento de Luís Serrão Pimentel (1613-1679), figura cimeira da ciência portuguesa do século XVII através de uma exposição onde pela primeira vez se sistematizam as principais facetas da sua vida e obra, cada uma delas correspondendo a um núcleo temático – Formação, Cosmógrafo, Engenheiro Militar, Bibliófilo, Académico –, e na qual se incluem os manuscritos de sua autoria existentes nas principais bibliotecas patrimoniais portuguesas, de entre as quais a Biblioteca da Ajuda, alguns dos quais ainda inéditos.












Exemplar digitalizado (Biblioteca Nacional de Portugal: cota SA-1138-A)


Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

Oferta da Autora:

História da Ilha do Governador / Cybelle Moreira de Ipanema. - 2. ed. - Rio de Janeiro: Mauad X, 2013


"A Ilha do Governador está estreitamente ligada à História do Rio de Janeiro, do Brasil, de 
 Portugal e do planeta"



Imbricadas com a evolução dos domínios ultramarinos do reino de Portugal no século XVI a a administração dos Sás na América Portuguesa, a fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de janeiro e a doação da Sesmaria da Ilha a Salvador Correia de Sá se deram em razão da tomada de posse da Coroa do território invadido pelos franceses, que sob combates em terra e mar resultou  na expulsão da presença inimiga da paisagem da Baía de Guanabara (...)

Em edição revista e ampliada, o livro História da Ilha do Governador retrata essa área do município do Rio de Janeiro desde a sua revelação ao mundo, no contexto das grandes descobertas, até a realidade sociocultural do século XXI. Com esta obra clássica, a história do Rio de Janeiro, em seus 450 anos, ganha uma distinta e específica contribuição às comemorações em 2015.

Imagem da capa: mapa do Rio de Janeiro (Baía de Guanabara)
 in: 
Roteiro de todos os sinaes conhecimentos fundos, baixios, alturas e derrotas que ha na costa do Brasil desdo Cabo de Sãto Agostinho até o Estreito de Fernão de Magalhães / [atrib.  a Luís Teixeira], [ca. 1585-1590]
B.A. 52-XII-25 

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

Oferta da Odebrecht:

O mapa que inventou o Brasil / Júnia Ferreira Furtado. - 1.ª ed. - Rio de Janeiro: Versal; S. Paulo: Odebrecht, 2013

O Mapa que Inventou o Brasil, luxuosa publicação da Versal Editores, é baseada no trabalho vencedor do Prémio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares, que completa uma década de apoio à pesquisa histórica. O livro tem como tema principal o mapa produzido pelo cartógrafo francês Jean Baptiste Bourguignon d´Anville, que elaborou a Carta da América Meridional (Carte de l´Amérique Méridionale) para esclarecer o estabelecido pelo Tratado das Tordesilhas (1494) em relação ao limite que definia as fronteiras entre as coroas portuguesas e espanholas. Comummente os mapas são executados para que se possa visualizar um território previamente definido mas, de acordo com as investigações de Júnia Furtado, esse não é o presente caso.

O Tratado de Tordesilhas, celebrado entre Portugal e Espanha em 1494, não dava mais conta da realidade territorial resultante da ocupação do continente americano pelos dois países ao longo dos séculos XVI e XVII.
Os conflitos nas áreas próximas à linha imaginária de Tordesilhas agravavam-se. Teve início, então, a demanda de uma solução definitiva para as possessões espanholas e portuguesas na América.
As negociações decorrentes culminaram na assinatura do Tratado de Madrid, em 1750, que aboliu o meridiano de Tordesilhas e definiu as novas fronteiras das terras americanas dos dois países naquele período. 

 estuda a parceria intelectual entre o representante diplomático de Portugal na França, dom Luís da Cunha, e o cartógrafo francês Jean-Baptiste Bourguignon d’Anville, voltada para a elaboração da Carte de l’Amérique méridionale, mapa que consubstanciava o projeto geopolítico advogado por Portugal para as suas possessões na América.
A parceria intelectual de D. Luís da Cunha, representante diplomático de Portugal em França, com o cartógrafo Jean-Baptiste Bourguignon d'Anville para elaborar a Carte de l’Amérique méridionale, deu ao território brasileiro configurações muito próximas das actuais.

A elaboração do documento teve início em 1720 e desdobrou-se ao longo de três décadas. Originalmente desenhada a lápis tem dois metros de altura, ficou pronta em 1748. Até 1779, foram produzidas cinco edições diferentes.
 
Amérique méridionale / par le Sr. d'Anville ; gravé par Guill. Delahaye - 1 
Confinado em seu escritório, Jean-Baptiste d’Anville era capaz de produzir mapas de grandes extensões da terra, como países, continentes e planisférios, a partir da consolidação de diversas fontes. Ele deixou cerca de 211 mapas, manuscritos e impressos, além de 23 obras de natureza geográfica. 


 Jean-Baptiste d’Anville (1697-1782)
D’Anville nunca saiu de seu gabinete, o processo da época era assim. Ele juntava vários mapas para poder chegar a um resultado final. Muitas vezes, esses documentos eram até conflitantes. Uns são mais confiáveis porque neles foram utilizados instrumentos mais precisos; em outros ele consegue ter o aval das autoridades locais, então tem certeza de que pode utilizá-los. É como se fosse um quebra-cabeças bem complexo


Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

Oferta do Museu de Lamego:


  • Caminhos do Ferro e da Prata: linhas do Douro e do Minho: fototipias de Emílio Biel 1887/ [org.] Museu de Lamego; textos Michael Grey, José Pessoa, Georgina Pinto Pessoa, Manuela Vaquero. fot. departamento fotográfico e Inventário do Museu de Lamego, José Pessoa, Alexandra Pessoa. - [S. l.]: Museu de Lamego, 2013
A importância histórica da construção da via-férrea do Douro e Minho vista através de fotografias - 65 imagens, na sua maioria em fototipia, assinadas por Emilio Biel, precursor da fotografia em Portugal e dono da antiga Casa Fritz.


Foto: Sugestão Loja do Museu | Em 2014 ofereça livros

Catálogo da exposição "Caminhos do Ferro e da Prata" (patente até 30 de abril)

Visite a nossa loja de terça a domingo, das 10h00 às 18h00.A exposição “Caminhos do Ferro e da Prata” reflete a inegável importância histórica da construção da via-férrea do Douro e Minho, numa coleção de fotografias reunidas num álbum originalmente concebido para a sua apresentação pública. De elevada qualidade técnica e artística, a importância deste conjunto vai muito para além dos interesses específicos do transporte ferroviário, por toda a informação que encerra ao nível da paisagem, arquitetura, traje, alfaias, embarcações e costumes.

Este álbum, entre outros, conservou-se na família Mascarenhas Gaivão, herdado do bisavô, Francisco Perfeito de Magalhães Meneses Vilas-Boas, engenheiro dos caminhos-de-ferro à data das imagens – 1887.

Numa ocasião festiva de grande significado, a empresa dos caminhos-de-ferro terá promovido a realização de um Álbum Fotográfico, certamente no Inverno de 1887 em que se concluiu a Linha do Douro, ao encontro com Espanha na ponte internacional. Pode-se ainda presumir que terá tido lugar uma viagem, ao longo desta linha e outra do Minho, podendo o fotógrafo solicitar a paragem da locomotiva onde mais lhe conviesse à “tomada de vistas”. As pessoas que o acompanhavam e outras que se encontravam em cada local eram encenadas e advertidas de que não se poderiam mover durante um determinado espaço de tempo.
A beleza das imagens, o percurso ao longo do rio Douro, os aspetos históricos e etnográficos, o caráter da região e as tradições internacionais da zona demarcada fazem desta coleção fotográfica um conjunto único, tornado agora acessível ao grande público através da sua exposição e edição de respetivo catálogo.”