Novidades Editorais:

«Até cair da mão a pena»: epistolário de Ribeiro dos Santos e Frei Manuel do Cenáculo, 1796-1808 / Pesquisa e  introdução de Manuela D. Domingos. - Lisboa : BNP, 2014. (Fontes) 

 



 O Arquivo Histórico da Biblioteca Nacional e o Arquivo Distrital de Évora revelaram-se os guardiões da documentação essencial para esclarecer os contornos da ligação mecenática e emotiva entre o bispo de Beja, Frei Manuel do Cenáculo (1724-1814), e a Real Biblioteca Pública da Corte, através da troca de correspondência que manteve com aquele que viria a ser o seu primeiro bibliotecário-mor [nomeado por decreto de 4 de Março de 1796], o lente da Universidade de Coimbra, António Ribeiro dos Santos (1745-1818).

Não será de mais afirmar que a Frei Manuel do Cenáculo «deve ser atribuída a iniciativa directa da criação da Biblioteca [...] já o sabemos, e não há permissão de dúvida a este respeito, a ideia de transformar a Biblioteca da Mesa Censória numa Biblioteca Pública». E veio a ser o mais ilustre dos mecenas da Real Biblioteca Pública da Corte, herdeira daquela «livraria»: antecessora da atual Biblioteca Nacional de Portugal (BNP).

O presente Epistolário reúne 34 missivas e alguns anexos: 22 escritas por Ribeiro dos Santos e dirigidas a Frei Manuel do Cenáculo; 12 redigidas pelo bispo de Beja para o bibliotecário-mor da Real Biblioteca Pública da Corte. Cenáculo escreve, quase exclusivamente, em torno da questão das suas doações à Real Biblioteca Pública da Corte.
Através deste corpus das cartas, quase todas inéditas e dispersas por vários fundos arquivísticos, conseguem reconstituir-se as circunstâncias que tornaram possível uma das mais vultuosas ações mecenáticas de que a Real Biblioteca Pública da Corte foi objecto nos seus mais 200 anos de história. Estas relações epistolares que se prolongam ainda por mais dez anos (até 1808), testemunham a «ação patriótica» do doador e o interesse em que a Coroa saldasse os antigos serviços do seu vassalo e «credor» (...).

Novidades editoriais:



David de Almeida, a ética da mão: gravura em retrospetiva / Comissário: João Prates. -
Lisboa: BNP; Vila Velha de Rodão : Casa das Artes e Cultura do Tejo, 2014. (Catálogos)


Catálogo das obras de David de Almeida, que completa a mostra patente até dia 23 de Outubro de 2014, na Biblioteca Nacional de Portugal.

 
A Ética da Mão constitui uma retrospectiva do trabalho de gravura de David de Almeida que, para além da exibição das várias gravuras premiadas, muitas delas nunca antes expostas em Portugal, se complementa com um conjunto de Livros de Artista, realizados pelo autor em cumplicidade com a palavra, incluindo colaborações com Manuel Alegre, Sofia de Mello Breyner, João de Melo, José Saramago e o espanhol Tomás Paredes.


Livraria online (BNP)

Donde Dormir #4 / Eugenio Ampudia





DÓNDE DORMIR 4  (Biblioteca Ajuda)

Apresentado durante a ARCO’2014.

 

Licenciado pela Escola de Artes de Saragoça, pintor, escultor, curador e também artista na vertente multimédia, foi distinguido com o prémio AECA — na edição ARCO’08 —, para o melhor artista espanhol.
Ámpudia recria, através do seu trabalho em formato vídeo/digital, espaços reais e imaginários, com o objectivo de explorar as ligações emocionais na percepção visual
 

ARCO: mucho más que asco / Nerea Ubieto

(...) Eugenio Ampudia tiene ganado mi eterno reconocimiento. El artista vallisoletano expone en esta ocasión una fotografía de gran formato a lo Candida Höfer -pero con todo el sentido-, en el que aparece durmiendo en su conocido saco de dormir en la biblioteca del Palacio Nacional de Ajuda en Lisboa. El proyecto consta también de un vídeo en el que Ampudia lee previamente varios de los libros almacenados y luego se acuesta con el fin de reposar el conocimiento. Esta biblioteca se caracteriza por estar llena de manuscritos, legajos y mapas geográficos a medio hacer porque el mundo todavía estaba por construir; en este sentido, la obra habla de la expansión de Portugal y de su poder colonial durante los siglos XV, XVI y XVII. En otra de las paredes del stand muestra la pieza Las palabras son demasiado concretas, una estantería llena de libros, algunos de los cuales contienen en su lomo un mensaje en movimiento. Estas hipnóticas retroproyecciones nos recuerdan que las palabras no son válidas en todas las ocasiones, a veces hay que recurrir al lenguaje visual para expresar una idea con claridad (...).