Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda: Estudos e publicação de fontes


Rua Nova dos Mercadores ca 1500-1600
The Global City: On the Streets of Renaissance Lisbon / Annemarie Jordan Gschwend; K. J. P. Lowe et. al. - [London]: Paul Hoberton publishing, 2015


 A recente identificação da Rua Nova dos Mercadores principal artéria comercial e financeira na Lisboa Renascentista por Annemarie Jordan Gschwend e K.J.P. Lowe, em duas pinturas do século XVI, foi o ponto de partida para o retrato de uma cidade global no início do período moderno…

Rua Nova dos Mercadores ca 1500-1600



Fonte ms. do acervo da Biblioteca da Ajuda:

Commentarij per Italia, Francia, Spagna e Portogallo  overo Relazione del Viaggio de Sig. ri Cav. ri  Tron, E Lippomani Eletti Ambasciatori dalla Rep. ca Veneta  Al Re Cattolico  per complimentare sua Maestáa per la conquista Di Portogallo  l’anno MDLXXXI.
Cod. 46-IX-5 (Rerum Lusitanicarum, vol. V)
 

Bibliografia:

Alexandre HERCULANO, "Viagem a Portugal dos Cavalleiros Tron e Lippomani, 1580", in Opúsculos, Tomo VI. Lisboa, Viúva Bertrand, 1884, pp. 118-133 [aqui]

Mais informações:

A quinta avenida do século XVI ficava em Lisboa

 Paul Holberton Publishing

Flyer (.pdf)

QUESTIONÁRIO 2015


A sua opinião sobre a Biblioteca da Ajuda é importante para nós. Dispensando alguns minutos na resposta a este questionário [AQUI ] pode ajudar-nos a prestar um melhor serviço.
Agradecemos desde já a sua disponibilidade.
As suas respostas serão anónimas e confidenciais.

 

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda


Arte Sacra no Concelho de Benavente: Inventário artístico da Arquidiocese de Évora / Coord. Geral Maria do Céu Ramos; Coord. Cient. Artur Goulart; textos Mário Justino Silva, David Baptista, Inês Palma, Susana Nogueira, Jorge Moleirinho e Teresa Perdigão. - Évora: Fundação Eugénio de Almeida, 2014

 “Arte Sacra no Concelho de Benavente apresenta diversas peças que resultam do levantamento, estudo e catalogação do património artístico disperso por igrejas, capelas, seminários e instituições religiosas do concelho, das quais se destaca um Missal. Enriquecido artisticamente com aplicações de prata, que se encontra à guarda da igreja matriz de Nossa Senhora da Graça, o Missal é composto por textos das missas para os dias do ano e festas religiosas, que reproduz oito gravuras, feitas a buril, que ilustram os textos das celebrações mais solenes, executadas, algumas delas pelo famoso mestre e diretor de escola de Gravura da Imprensa Régia, criada em 1769, Joaquim Carneiro da Silva.
O artista nasceu no Porto, em 1727, estudou desenho no Brasil e a partir de meados do século XVIII em vários centros artísticos italianos, com famosos gravadores e pintores do século XVIII. A sua importância, como mestre de desenho e gravador, está na influência que algumas das suas gravuras tiveram nas obras artísticas de um dos ilustres pintores do estilo Barroco-Rococó brasileiro, mestre Manuel da Costa Ataíde, do século XVIII-XIX e que se encontram representadas em muitas igrejas do Estado de Minas Gerais, no Brasil.”
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Arte Sacra no Concelho de Alandroal: Inventário artístico da Arquidiocese de Évora / Coord. Geral Maria do Céu Ramos; Coord. Cient. Artur Goulart; textos de Ana Cristina Pais, Artur Goulart, David Baptista, Inês Palma, Susana Nogueira, Jorge Moleirinho. - Évora: Fundação Eugénio de Almeida, 2015


"Arte Sacra no Concelho de Alandroal apresenta diversas peças que resultam do levantamento, estudo e catalogação do património artístico disperso por igrejas, capelas, seminários e instituições religiosas do concelho, das quais se destaca uma pintura da autoria de Francisco Nunes Varela, prolífero pintor eborense com atividade registada durante a segunda metade do século XVII. Para além de excelente pintor, com obra dispersa pela arquidiocese, foi ainda autor de projetos de ornamentação sacra, como por exemplo o sepulcro da capela-mor da igreja da Misericórdia de Évora. Segundo o historiador de arte Vitor Serrão, a elegante Imaculada Conceição da Matriz do Alandroal é porventura o seu trabalho mais importante."

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Arte Sacra no Concelho de Mourão: Inventário artístico da Arquidiocese de Évora / Coord. Geral Maria do Céu Ramos; Coord. Cient. Artur Goulart; textos de Manuel F. S. Patrocínio, Inês Palma, Susana Nogueira, Jorge Moleirinho, Teresa Perdigão. - Évora: Fundação Eugénio de Almeida, 2014


Arte Sacra no Concelho de Mourão resume o caminho de descoberta do legado móvel do Concelho, e dá a conhecer algumas das suas mais significativas peças, das quais se destacam, a imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se encontra na igreja de Nossa Senhora da Luz, um exemplar singular de escultura gótica e o retábulo da igreja da Nossa Senhora das Candeias

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

A Capela de São João Batista da Igreja de São Roque: a Encomenda, as Obras, as Coleções  / Coordenação científica e editorial Teresa Leonor M. Vale. - Lisboa: Museu de São Roque - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2015

 
A Capela de São João Batista da Igreja de São Roque de Lisboa foi integralmente realizada em Roma na década de quarenta do século XVIII, no seguimento de uma encomenda de D. João V. No seguimento da expulsão da Companhia de Jesus, esta encomenda do rei "Magnânimo", viria a ser entregue à Misericórdia de Lisboa em 1768, por D. José I, juntamente com a Igreja de São Roque. 
 
Sob coordenação científica e editorial da Professora Doutora Teresa Leonor M. Vale, o livro reúne estudos de reputados investigadores portugueses e estrangeiros (António Filipe Pimentel, Carlo Stefano Salerno, Magda Tassinari, Maria luisa Rizzini, Cristina Pinto Basto, Fátima Rezende Gomes, Maria do Carmo Lino), especialistas nas diferentes áreas artísticas em que a capela e as suas coleções se declinam: arquitetura, escultura, mosaicos, metalística, ourivesaria, têxteis, rendas, mobiliário, livros. De enorme relevância em termos históricos, culturais e artísticos - tanto no plano nacional como no internacional -, a capela é, aqui, objeto do mais completo estudo já efetuado sobre a sua história e património, abordando de forma exaustiva o processo da encomenda, sua obra e as suas coleções. 
 
 


Este livro assegura assim a divulgação e a promoção da capela de São João Batista junto de um público especializado, bem como da generalidade dos leitores, que não ficarão indiferentes à extraordinária beleza desta obra ímpar, aqui magnificamente ilustrada e devidamente acompanhada por um CD
 
 

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

Sacra Pagina: Textos e imagens das Bíblias portáteis do século XIII existentes em coleções portuguesas / Luís Correia de Sousa; col. Patrícia Stirnemann e Adelaide Miranda. - Paulus Editora, 2015
 
 Estudo sobre Bíblias portáteis do século XIII, período em que surge e se multiplica a tipologia de manuscritos apresentados -, permitindo avaliar a importância desses exemplares, testemunhos de uma época fecunda na produção de manuscritos em geral e de Bíblias em particular.
Estes manuscritos são testemunhos eloquentes da história social e intelectual da Idade Média e elementos relevantes para o reconhecimento identitário das várias  instituições portuguesas que que os acolheram . Livro profusamente ilustrado com iluminuras de cada edição analisada.



Da Biblioteca da Ajuda constam, com os n.º de cat. 15, 34 e 35, estes últimos em apêndice, os ms.  com as cotas 52-XII-37, 52-XII-33 e 52-XII-40

Campanha Natal do Livro 2015


Natal do Livro
Promoções de 50% a 70%
 





De 1 de dezembro de 2015 a 10 da janeiro de 2016,  as lojas dos Museus, Palácios e Monumentos da DGPC,  promovem a campanha Natal do Livro.

25 publicações com descontos de 50% a 70%.




Outono dos Livros 2015 – Feira de edições na BNP

 24 - 28 nov. | 3.ª a 6.ª das 10h00 às 19h00 / sáb. das 10h00 às 17h00 | BNP | Entrada livre

Durante cinco dias compre livros e coleções de postais a preços muito reduzidos

Mais de duas centenas de edições da BNP com preços a partir de 0,50€. Uma oportunidade única para adquirir livros e coleções de postais com descontos em geral iguais ou superiores a 50% do preço de capa.

São livros sobre diversos temas: história, literatura, história do livro, da ciência e das artes, bem como catálogos e roteiros de exposições, bibliografias, guias e inventários, fac-símiles e edições críticas.


São válidas as encomendas recebidas por correio eletrónico – edicoesbn@bnportugal.pt – a partir das 00h00 do dia 24 de novembro até às 00h00 do dia 29. Às encomendas efetuadas por correio eletrónico acrescem portes de envio. 



A BA NO MUSEU DO ORIENTE

A ARTE DA FALCOARIA DE ORIENTE A OCIDENTE

EXPOSIÇÃO | 20 nov. '15 - 6 mar. '16 | MUSEU DO ORIENTE




Leis extravagantes collegidas e relatadas pelo licenciado Duarte Nunez de Liam per mandado do muito alto & muito poderosos Rei Dom Sebastiam nosso Senhor.
Lisboa : per Antonio Gonçalvez, M.D.LXIX [1569]
Cota: BA 50-XII-40


Tit. XIIII; lei II (fl. 159): “Dos que cação perdizes ou lebres na coutada nova de Lisboa”


Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda


O livro de cozinha de Apício: um breviário do gosto imperial / Trad., Introdução e comentários de Inês de Ornellas de Castro. - Lisboa: Relógio D'Água Editores, 2015




Edição revista e aumentada de uma versão publicada em 1997, esta reedição surge no contexto do projecto Diaita: Património Alimentar da Lusofonia de que Inês de Ornellas e Castro é co-coordenadora, e contém fotografias de algumas das receitas preparadas segundo o receituário da época e tiradas sobre os mosaicos da Casa dos Repuxos do Museu Monográfico de Conímbriga.






Marco Gávio Apício  foi um gastrónomo romano do século I d.C. suposto escritor do livro De re coquinaria, a melhor fonte para se conhecer a gastronomia do mundo romano. Viveu durante os reinados dos Imperadores Augusto e Tibério

Ler as primeiras páginas deste livro aqui

Outubro 24, Dia das Nações Unidas

A declaração do dia internacional das Nações Unidas foi decidida em Assembleia Geral da ONU, no ano de 1947, homenageando, por merecimento universal, a Carta das Nações Unidas, documento seminal e de importância magna para o Homem e para o mundo.

Ao celebrar esta data, pretende-se chamar a atenção para os propósitos e objetivos das Nações Unidas, angariando, também, apoios necessários à prossecução de ações profícuas continuadas, por esta instituição desenvolvidas, promotora que é do diálogo entre os povos e as nações.

Os programas dos anos anteriores incluíram concertos e iniciativas de divulgação de manifestações musicais e orais várias, que integram (ou vieram a integrar) a lista do Património Cultural Imaterial da Unesco - um dos órgãos da ONU – no sentido de, ao enriquecer a interação das culturas e dos povos, promover a recetividade e aceitação do outro, tornando próximo o distante, incorporando valores de cooperação, princípios ao serviço do desenvolvimento sustentável.

Neste espírito de união entre povos e de genuíno convívio com a diferença alicerça-se o sentido de pertença a uma família, à maior família: o mundo. O mesmo é dizer: um mundo que recusa o horror, a perseguição, a exclusão, a guerra, a violência, isto é, um mundo em paz.

Não quisemos, pois, deixar de assinalar este dia, com alegria e sentido respeito, associando-nos a esta celebração dos valores mais dignificantes do Homem, os quais têm vindo a ser veiculados há séculos, com privilégio, através da palavra escrita e dos livros.

Do acervo desta biblioteca, selecionámos uma obra em linha com o espírito humanista que esta data promove, extraindo a seguinte citação:


“The great question which, in all ages, has disturbed mankind, and brought on them the greatest part of their mischiefs ... has been, not whether be power in the world, nor whence it came, but who should have it.”

John Locke

Portrait of John Locke by Sir Godfrey Kneller (1697)

An Abridgment of Mr. Locke's Essay concerning Human Understanding [By J. Wynne.] A new edition, with additions ... / [By Locke, John 1632-1704.]
Edinburgh : A. Donaldson MDCCLXVII [1767]
272 p. ; 12º
BA: 34-II-4

Recursos eletrónicos 

A Bíblia medieval - Do Românico ao Gótico (sécs. XII-XIII): textos e imagens, produção e usos

COLÓQUIO INTERNACIONAL | 3 e 4 de nov. | Auditório Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) |


Tendo por base o estudo das Bíblias portáteis do século XIII, este colóquio internacional pretende fomentar a reflexão e discussão em torno destes manuscritos, no sentido de conhecer melhor o contexto histórico-cultural em que surgiram, em questões relacionadas com a produção artística, a sua importância social e religiosa e, também, para o conhecimento dos novos contextos de leitura e modos de difusão e recepção dos textos, assim como da própria reflexão teológica. Parte da nossa herança cultural, estes códices são testemunhos eloquentes da história social e intelectual da Idade Média europeia e elementos relevantes para o reconhecimento identitário das instituições que os acolheram e personalidades que promoveram a sua produção e circulação. Associados a novos meios de cultura, importa valorizar as novas funcionalidades de leitura a que estão associados e nos quais assumem renovada importância.

A realização deste encontro científico, que conta com a participação de reputados investigadores, nacionais e estrangeiros, de distintos domínios do saber, não deixará de ser um valioso contributo para o aprofundamento e difusão daquela tipologia de manuscritos e será, igualmente, uma oportunidade para divulgar a investigação desenvolvida em Portugal, nomeadamente no domínio da iluminura medieval.

Mais informações no portal do Colóquio Internacional [aqui]

Inscrições: [aqui]

Programa [aqui]

“Portuguese Studies on Medieval Illuminated Manuscripts”


Apresentação pública | 23 de Outubro | 16h00 |  Fundação Calouste Gulbenkian, Auditório 3

Portuguese Studies on Medieval Illuminated Manuscripts é uma obra, coordenada por Maria Adelaide Miranda e Alícia Miguélez Cavero, que reúne artigos de investigadores do Instituto de Estudos Medievais (IEM) sobre uma das áreas de pesquisa mais emblemáticas desenvolvidas nesta unidade de investigação: o estudo da iluminura medieval. Este volume projeta a novidade e a consistência da abordagem seguida, ou seja, o cruzamento entre a História da Arte e a Química, constituindo um paradigma de concretização da interdisciplinaridade entre áreas científicas muito diferentes.



















Índice da publicação: aqui

Editora Brepols: aqui

Fédération Internationale des Instituts d'Études Mediévales: aqui

O Fundo da Biblioteca da Ajuda Novos caminhos para a investigação


16 de Outubro | das 14h00 às 18h00 |  FSCH | Universidade Nova de Lisboa 


Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa 
Edifício ID, Sala 0.06 

Painel I
14h00 – Abertura: Direcção do IEM e Direcção da Biblioteca da Ajuda
14h30 – Cristina Pinto Basto e Fátima Gomes (BA-PNA): Biblioteca da Ajuda: História e estórias das colecções
15h00 – Xavier Binnebeke (Invest. Indep.): Padre Domingos Pereira, a Biblioteca das Necessidades e a Ajuda: Manuscritos medievais e incunábulos
15h30 – Questões / debate seguido de pausa para café
Painel II
16h00 – Fernanda Campos (CHAM -FCS H/NOVA , UA c): Ordenar livros, ordenar saberes: reflexões de um estudo comparativo sobre bibliotecas religiosas
16h30 – Catarina Fernandes Barreira (IEM-FCSH/NOVA ): Um manuscrito das Sentenças de Pedro Lombardo na Biblioteca da Ajuda
17h00 – Graça Videira Lopes (IEM-FCSH/NOVA ): O Cancioneiro da Ajuda
17h30 – Luís Campos Ribeiro (IEM-FCSH/NOVA ): Arte e ciência nos manuscritos da Biblioteca da Ajuda
18h00 – Debate final e encerramento

Comissão Organizadora
Cristina Pinto Basto (BA-PNA), Fátima Gomes (BA-PNA), Maria Coutinho (IEM-FCSH/NOVA ), Luís Campos Ribeiro (IEM-FCSH/NOVA ), Xavier Binnebeke (INVest. Indep.)

Informações Adicionais
Instituto de Estudos Medievais - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (IEM-FCSH/NOVA )
Avenida de Berna, 26 C, 1069-061, Lisboa, Portugal | (+351) 21 790 83 00 | iem.geral@fcsh.unl.pt | http://iem.fcsh.unl.

Esta iniciativa é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projecto: UID/HIS/00749/2013 design: Luís Campos Ribeiro, Ricardo Naito (BGCT-IEM-FCSH/NOVA )
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A BA NO MUSEU DE S. ROQUE


“De Roma para Lisboa. Um álbum para o Rei Magnânimo”

Esta Exposição é organizada em torno do denominado Álbum Weale (designação proveniente do nome do editor inglês John Weale em cuja posse esteve no século XIX). São 160 folhas com o registo escrito e com os desenhos das encomendas de obras de arte italianas destinadas a Lisboa (designadamente à basílica Patriarcal e à capela de São João Baptista da igreja de São Roque).

A capela de São João Baptista, enquanto obra de arte total, conceito eminentemente barroco, constitui cerca de 80% do Álbum, no que a desenhos concerne", contou a comissária, envolvendo, na sua origem, a participação de soberano, embaixadores, manuscritos e de todos os artistas que asseguraram a feitura das peças desenhadas".

Como o Álbum Weale viajou ao longo de toda a sua existência, a exposição inaugurada foi concebida em torno da ideia-chave de viagem, "enquanto processo de intercâmbio cultural e artístico"

O volume, após vicissitudes várias, que o fizeram viajar de Lisboa para o Rio de Janeiro (com a família real, em 1807), depois a Londres e finalmente a Paris - consta na atualidade dos fundos da Biblioteca da École Nationale Supérieure des Beaux-arts de Paris. Graças ao empenhamento da SCML, foi objeto de uma intervenção de conservação e restauro, antes de ser transportado para Portugal.

Para a visão global das encomendas joaninas, a observação do conteúdo do Álbum Weale deve de ser complementada com a consulta da correspondência assiduamente trocada entre Lisboa e Roma e ainda da vasta documentação produzida pela embaixada de Portugal, disponível na Biblioteca da Ajuda.

Esta exposição, que inclui, além dos desenhos, diversas peças da época, tais como quadros e peças de ourivesaria - relicários cálices, salvas e custódias, - está patente na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque até ao próximo dia 25 de outubro.

Galeria de fotografias aqui

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda: Estudos e publicação de fontes


"Arte e Diplomacia. A vivência romana dos embaixadores joaninos" / Teresa Leonor M. Vale. - Lisboa: Scribe, 2015


O presente livro consiste numa abordagem dos quatro embaixadores que representaram Portugal em Roma durante o reinado de D. João V (1706-1750). A abordagem do tema revela-se duplamente inédita pois nenhuma destas figuras e respectiva acção foi até ao presente objecto de um estudo sistemático e aprofundado mas também porque possui a particularidade de se concretizar atentando na sua relevância cultural, vertente especialmente importante num período em que os contactos culturais e artísticos entre Portugal e Roma estiveram no seu auge.

Foram estes homens que, para além de representarem o país e desenvolverem a sua actuação político-diplomática na então cidade pontifícia, trataram de enviar para Portugal, o recheio artístico da basílica de Mafra, da desaparecida Patriarcal de Lisboa e toda a magnífica capela de S. João Baptista da igreja de S. Roque e suas extraordinárias colecções.

Finalmente, a pertinência deste estudo assenta ainda na publicação de dois inventários inéditos (datados de 1740 e de 1750) de tudo o que se encontrava nos palácios que então serviam de sede à missão diplomática portuguesa em Roma, revelando-se assim, de forma muito concreta e acessível, como viviam estes homens que nos representavam junto do Sumo Pontífice numa época em que Roma era ainda a cabeça do mundo (caput mundi).


Os inventários que no presente estudo se publicam encontram-se ambos no códice com a cota Ms. 49-VIII-21 da Biblioteca da Ajuda de Lisboa , o qual, contém sobretudo o registo de contas da embaixada de Portugal em Roma, relativas ao período entre os meses de Janeiro e Abril de 1751 e reunidas sobre o título genérico de Giustificazioni di pagamenti in Roma per conto della Corte in Lisbona.



1. «Inventário di robbe spettanti alla corte di Lisbona lasciate in Roma dal Vescovo del Porto sino al 30 setembre 1740»

2. «Inventario di ciò che spetta alla corte di Lisbina , e che si ritrova in Roma nel palazzetto à piazza Margana (...)» [1750]


 

Encomendar o livro: aqui

De Roma para Lisboa: Um álbum para o Rei Magnânimo: aqui

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda: Estudos

Bocage e o livro na época do iluminismo / Daniel Pires. - Setúbal: Centro de Estudos Bocageanos, 2015

... Bocage, oriundo da burguesia, classe na época em ascensão, foi um apologista indefesso  do iluminismo e esteve a ferros no Limoeiro, tendo passado pelo menos 43 dias no segredo, cela minúscula, isolada, destinada àqueles que eram considerados politicamente perigosos (...). 



(...) A presente obra inclui, além do catálogo da exposição, uma breve antologia de textos de alguns escritores portugueses mais representativos do século XVIII.  Trinta e um filósofos, cientistas, historiadores e poetas apresentam-nos a sua mundividência peculiar e marcante. Discorreram, entre outros assuntos, sobre a ciência, a filosofia, a educação, o ensino, a religião, o "despotismo esclarecido", o Santo Ofício, o enciclopedismo, as academias, as bibliotecas e o terramoto de 1755.
A sua leitura permite-nos aferir as linhas de força epocais e, paralelamente, aprofundar o conhecimento da obra multímoda e singular de Bocage

Centro de estudos Bocageanos

Programa das Comemorações dos 250 ANOS DO NASCIMENTO DE BOCAGE

Novo Portal dedicado à literatura hispano-portuguesa dos séculos XVI e XVII




A Fundação Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes (BVMC) inaugurou um portal dedicado à literatura hispano-portuguesa  — sécs XVI e XVII  —, que permite aceder a obras de autores portugueses que publicaram em espanhol, durante e após o período da dominação espanhola (1580-1640).

Da lista de autores contam-se, entre outros, o condestável D. Pedro (1429-1466), Gil Vicente (1465-1536), Garcia de Rezende (1470?-1536), D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666), autor de Guerra de Cataluña, passando por poetas como Francisco de Sá Miranda, Luís de Camões e Diogo Bernardes.

Para a criação deste portal, a Biblioteca Virtual Cervantes teve com a colaboração da Biblioteca Nacional de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Biblioteca de Catalunya, da Bayerische Staatsbibliothek, de Munique, das universidades de Oxford e  Michigan, da New York Public Library, da Biblioteca Nazionale Centrale de Roma e da Google.

Aviso



Informamos que, devido à realização das actividades que irão decorrer, por ocasião das Jornadas Europeias do Património 2015 (25 a 27 de setembro), a Biblioteca da Ajuda, estará encerrada, à leitura, nos dias 24 e 25 de Setembro ( quinta feira e sexta feira), retomando o horário normal na segunda feira, dia 28 de setembro.

Agradecemos a compreensão dos nossos leitores para esta situação.

Jornadas Europeias do Património 2015: 25 a 27 Setembro




Programação Nacional[ver]


Programa da Biblioteca da Ajuda :  


Visitas à Biblioteca da Ajuda: Visitas  [ver]

Iluminar com Luz: workshop [ver]

Concerto Medieval: Música [ver]

Marcas da censura nas colecções da BA: Exposição [ver

Bocage e a Censura:  Exposição [ver

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda: Estudos e publicação de fontes

A pintura mural do Real Paço da Ajuda 1796-1833: imagens do poder = The mural painting at Ajuda Royal Palace 1796-1833: images of power/ João Vaz. - Lisboa: Scribe; Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), 2015


"(...)  João Vaz, apresenta-nos um estudo com anos de investigação não só das várias fases de construção do que é hoje o Palácio Nacional da Ajuda, de 1796 a 1833, como uma leitura inédita dos programas decorativos da pintura mural realizada nas primeiras décadas do Séc. XIX.
Para o leitor resulta esta edição de um especial significado para a (...) descodificação  de toda a simbologia das alegorias que se sucedem nas pinturas ao longo das salas, quer nos tectos quer em paredes, com a representação de modelos colhidos na mitologia clássica ou na iconografia cristã (...)" (Introd. José Alberto Ribeiro, Director do Palácio Nacional da Ajuda)


O livro, profusamente ilustrado, é constituído por três capítulos apresentados por ordem cronológica e antecedidos por um resumo em Inglês:

I: A Exaltação do Monarca à custa da derrota dos Franceses. Dos primórdios a 1816

II: Do antigo regime ao constitucionalismo. De 1816 a 1828

III: O Miguelismo - Regresso ao antigo regime. De 1828 a 1833

Livraria em linha

Aviso


Informamos que, devido à realização de uma desinfestação na  Biblioteca da Ajuda, o serviço de leitura estará encerrado na sexta feira, dia 24 de Julho a partir das 13h00.

O horário habitual será retomado na Segunda-feira, dia 27 de Julho.

Agradecendo a compreensão dos leitores,
                          A Coordenadora da Biblioteca da Ajuda

Publicação de Fontes: Cód. 46-VIII-40

Os Lusíadas de Luís de Camões Comentados por D. Marcos de S. Lourenço / Transcrição e fixação do texto Isabel Almeida, Filipa Araújo, Manuel Ferro, Teresa Nascimento, Marcelo Vieira; Notas, Isabel Almeida, Filipa Araújo, Manuel Ferro, Marcelo Vieira; Revisão, índice e nota introdutória, Isabel Almeida. [Lisboa]: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos, 2014


Os Lusíadas, de Luís de Camões, é a obra literária portuguesa mais conhecida de sempre datando a sua primeira edição impressa de 1572.

Poema épico, composto por 10 cantos, celebriza as descobertas portuguesas do século XVI, a partir da viagem de Vasco da Gama à Índia. Desde cedo traduzidas em várias línguas tiveram, igualmente, diversos comentários de entre os quais o do P. D. Marcos de S. Lourenço de que trata a presente edição e que tem apensa uma cópia digital do manuscrito BA. 46-VIII-40.


O manuscrito que agora se edita (códice 46-VIII-40 da Biblioteca da Ajuda) guarda o comentário de D. Marcos de S. Lourenço, cónego de Santa Cruz de Coimbra, aos três primeiros cantos d’Os Lusíadas. Trata-se provavelmente de um testemunho autógrafo, a julgar pelas rasuras, as substituições, os acrescentos, as tentativas de polir o discurso — marcas próprias do zelo do autor…
***

N' Os Lusíadas, o que mais fascina D. Marcos é, com a grandeza da obra, a oportunidade de olhar o mundo e de pensar sobre Portugal. A descrição de «excelências» da pátria leva-o a transgredir «os limites de comentador»...
 ***

O Comentário de D. Marcos de S. Lourenço toma por base texto que visa ser tão fiel quanto possível ao «original» de Camões. Esta era a orientação comum no séc. XVII, superadas as intervenções que haviam condicionado a publicação do poema em 1548 e 1591, e ultrapassado igualmente o engano com que em 1597 se havia feito passar por edição conforme ao «original antigo»o que era afinal ainda uma versão sujeita a severa disciplina.


Ver: Em busca das fontes:Os Lusíadas comentados pelo Padre D. Marcos de S. Lourenço  

De Roma para Lisboa: Um álbum para o Rei Magnânimo

 Museu de São Roque | 26 de junho a 25 de outubro de 2015


Concebida em torno do denominado Álbum Weale – composto na sua maioria por desenhos que se apresentam pela primeira vez em Portugal e no mundo –, a exposição De Roma para Lisboa: um álbum para o Rei Magnânimo constrói-se em torno da ideia-chave que é a viagem entre Roma e Lisboa no reinado de D. João V.


D. João V


O que cativa a nossa atenção é pois a viagem, enquanto processo de intercâmbio cultural e artístico, reconhecer o que efectivamente viajava - palavras, desenhos, obras de arte -, efectuar uma aproximação aos agentes promotores dessa viagem: desde logo o próprio soberano mas naturalmente também os embaixadores que, desde Roma, procuravam assegurar a melhor satisfação das ordens e encomendas emanadas da capital do reino e procediam ao envio das peças.


Entre as fontes iconográficas mais relevantes para o conhecimento das encomendas joaninas, em grande parte desaparecidas na voragem destruidora do terramoto de 1755, e destinadas nomeadamente à basílica e palácio de Mafra, à basílica Patriarcal e à capela de S. João Baptista, destacam-se os desenhos constantes das colecções do Museu Nacional de Arte Antiga e da Secção de Iconografia da Biblioteca Nacional de Portugal mas assume-se indiscutivelmente como peça mais importante o denominado Álbum Weale (designação advinda do nome do editor inglês John Weale em cuja posse esteve no século XIX).

Composto por 160 folhas, o álbum consiste no minucioso registo, escrito e desenhado concretizado por iniciativa de Manuel Pereira de Sampaio (1691-1750), o último embaixador de D. João V em Roma, das encomendas de obras de arte italianas destinadas a Lisboa (designadamente à Patriarcal e à capela de S. João Baptista da igreja de S. Roque), tudo reunido sob o título de Libro degli Abozzi de Disegni delle Commissioni che si fanno in Roma per Ordine della Corte. O volume, após vicissitudes várias - que o fizeram viajar de Lisboa para o Rio de Janeiro (com a família real, em 1807), rumando depois a Londres e finalmente a Paris - consta na actualidade dos fundos da Biblioteca da École Nationale Supérieure des Beaux-arts de Paris e, graças ao empenhamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pôde ser objecto de uma intervenção de conservação e restauro, a qual possibilitou o destacamento momentâneo dos desenhos e a sua exibição no nosso país.

Os 101 desenhos do álbum permitem não apenas visualizar as obras cuja realização se encontrava então em curso na cidade pontifícia, como a sua cuidadosa observação permite também compreender aspectos relacionados com o processo relativo à sua encomenda e feitura, constituindo-se assim como elemento fundamental para a compreensão das encomendas joaninas concretizadas no ambiente romano dos anos 40 do século XVIII.

Se no que à Patriarcal diz respeito o álbum assume particular relevância, uma vez que se trata da quase única fonte visual capaz de viabilizar uma aproximação às obras perdidas, já quanto à capela régia da igreja de São Roque ele revela-se essencial não apenas para o conhecimento das obras desaparecidas (nomeadamente no âmbito da preciosa colecção de ourivesaria, única no panorama internacional) mas também possibilita o acesso à totalidade do conjunto, que se constitui como contexto, essencial à compreensão das peças sobreviventes.


BA 49-VIII-35, fl. 170
Ms. Av. 54-XIII-14, n.º 60
Naturalmente que a visão parcial da globalidade das encomendas joaninas, que o álbum proporciona, tem de ser complementada com a consulta da correspondência assiduamente trocada entre Lisboa e Roma e ainda da vasta documentação produzida pela embaixada de Portugal na cidade dos papas - constituída sobretudo por assentos de pagamentos aos artistas envolvidos na realização das obras encomendadas desde Lisboa - que se conserva na BIBLIOTECA DA AJUDA. 

Assim, trazem-se também ao olhar dos visitantes desta exposição algumas dessas cartas que viajavam entre Roma e Lisboa, nas quais por vezes a eloquência das palavras se fazia coadjuvar pela integração de desenhos, não de carácter artístico mas meramente ilustrativo e elucidativo do discurso escrito. Na tentativa de melhor reconstituir este panorama, proporcionado pela viagem entre Roma e Lisboa, mostram-se ainda obras, da autoria dos mesmos artistas que realizaram aquelas cujos desenhos constam do volume compilado pelo embaixador Pereira de Sampaio para o Magnânimo na década de 40 de Setecentos e que nos permitem assim, na sua tridimensionalidade, propiciar como que uma materialização dos desenhos do Álbum Weale, numa mais eficaz aproximação às peças desaparecidas.



Organização: Museu de São Roque - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa    

Comissária: Teresa Leonor M. Vale

Artigo do Expresso: O regresso do álbum Weale