Informamos que, devido à realização de filmagens que irão decorrer na Biblioteca da Ajuda no dia 28 de Fevereiro (quarta-feira), o serviço de leitura estará encerrado a partir das 14h00, do dia em questão.
O horário habitual é retomado no dia seguinte
Agradecemos a compreensão dos nossos leitores para esta situação
A Biblioteca da Ajuda é uma das mais antigas Bibliotecas de Portugal caracterizando-se, pela natureza e riqueza dos seus fundos, como uma Biblioteca Patrimonial que tem por objecto a conservação, estudo e divulgação do seu acervo documental
AVISO
Informa-se que a Biblioteca da Ajuda estará encerrada para leitura a partir das 14h00 do dia 21 de Fevereiro (quarta-feira), por motivo de preparação e realização de evento da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
O horário habitual é retomado no dia seguinte.
Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.
A Coordenadora
O horário habitual é retomado no dia seguinte.
Agradecemos a compreensão dos nossos leitores.
A Coordenadora
Cultura e o ensino científicos na corte joanina do Rio de Janeiro: um testemunho
Um manuscrito que integrou a que foi outrora a livraria da Rainha D.
Carlota Joaquina de Bourbon - Catálogo da Livraria que foi de S. Mag.de a
Senhora D. Carlota Joaquina de Bourbon (cód. 51-XIII-7)revela-nos algumas informações sobre os
primórdios do ensino científico na corte Joanina, do Rio de Janeiro:
Intitulado “Primeiro dia
do Curso sobre Chymica para ser feito em Presença de S.A.R. o Príncipe Regente
Nosso Senhor, e da Sua Augusta e Real Família, pelo Doutor Daniel Gardner,
formado em Medicina” (Ms. Av. 54-VI-14, n.º 87), não se encontra datado,
nem informa sobre o local de sua redacção. Feita alguma pesquisa a partir da
identificação do médico encarregue da docência, foi possível obter alguns
esclarecimentos sobre o significado mais amplo deste documento.
O manuscrito da Biblioteca da Ajuda (Ms. Av. 54-VI-14, n.º
87), que pertenceu à livraria da Rainha D. Carlota Joaquina de Bourbon
(1775-1830) enuncia o sumário de cada uma de três aulas que, presumimos,
integrariam o mencionado Curso de Química, sendo que apenas no primeiro se
mencionam as presenças régias. De acordo com os resumos apresentados no
referido manuscrito o primeiro dia seria dedicado a “Explicação da significação
do termo – Chymica - seus principais objectos, utilidade, e História, analyses
e sintheses”;
o segundo dia “Sobre a Electricidade” versando “Observações sobre a particularidade deste fluido. Hum fluido, seus géneros, e meios activos no laboratório da Natureza. Descripção da Maquina electrica. Fluido electrico produzido por meio de fricção”;
Com estas iniciativas se davam os primeiros passos para o ensino da Química no Brasil, segundo os preceitos científicos mais avançados e baseado em experimentalismo laboratorial, estudos estes incentivados pelo Príncipe Regente D. João que, com a sua participação no laboratório do eminente cientista, bem como da Família Real, mais não fazia do que creditar as suas aulas e aquele ensino.
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De facto, Daniel Gardner
(1785-1831), médico inglês, integrara a “Academia Real Militar”, criada por
carta régia de 4 de dezembro de 1810, no Rio de Janeiro, por inspiração do
ministro D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1755-1812),futuro Conde de Linhares,com o objectivo de promover o ensino das ciências matemáticas, da física da química, da
mineralogia, metalurgia e história natural, daquela que seria a semente para a
“institucionalização do ensino das ciências no Brasil”[aqui].
As aulas de Química seriam ministradas no quinto ano do curso e o Dr. Gardner,
cidadão britânico, era nomeado lente responsável pelo seu ensino, auferindo um
salário anual de 600$000, devendo 100$000 corresponder a gastos com demonstrações práticas. O decreto facultava
ainda ao professor ministrar outros "cursos além dos que for obrigado a
dar na Academia Militar" (Santos,
Nadja Paraense dos; Filgueiras, Carlos Alberto Lombardi, “Daniel Gardner, autor do primeiro livro de química brasileiro, um desconhecido”)
A presença Dr. Gardner no
Rio de Janeiro era, no entanto, anterior àquela data, pois desde 1809 que o
mesmo leccionava Química no Seminário de S. Joaquim, contribuindo ainda para a
divulgação dos conhecimentos sobre aquela ciência mediante a realização de
palestras que anunciava na Gazeta do Rio de Janeiro, nos anos de 1810-1811,
sendo os anúncios acompanhados da informação de que o Príncipe Regente D. João(1767-1826)
e a Família Real, já teriam presenciado as experiências físicas e químicas, que
as mesmas seriam repetidas e, novidade, que estariam abertas à participação das
senhoras - “as senhoras serão admitidas” lê-se na Gazeta do Rio de Janeiro (n.º
51, 26 de Junho de 1811).
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n.º 51, 1811 |
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o segundo dia “Sobre a Electricidade” versando “Observações sobre a particularidade deste fluido. Hum fluido, seus géneros, e meios activos no laboratório da Natureza. Descripção da Maquina electrica. Fluido electrico produzido por meio de fricção”;
e no terceiro dia dedicado “A Sciencia Pneumatica”, apresentada como “a doutrina do ar, incluindo suas propriedades mecânicas e químicas”
Com estas iniciativas se davam os primeiros passos para o ensino da Química no Brasil, segundo os preceitos científicos mais avançados e baseado em experimentalismo laboratorial, estudos estes incentivados pelo Príncipe Regente D. João que, com a sua participação no laboratório do eminente cientista, bem como da Família Real, mais não fazia do que creditar as suas aulas e aquele ensino.
O Dr.Gardner seria ainda o
autor do primeiro livro de Química publicado no Brasil, pela Impressão Régia,
em 1810, dedicado ao Príncipe Regente, "Syllabus ou Compendio das
Lições de Chymica", e que era, na sua essência, “um programa comentado
de seu curso”. O médico inspirara-se na obra de A. F. Fourcroy que na sua
tradução recebera o título “Filosofia
Química ou Verdades Fundamentaes da Química Moderna”, (BA- 37-VII-40), obra
traduzida por Manoel Joaquim Henriques de Paiva, e impressa em Lisboa no ano de
1801, e que em dezembro de 1816, fora
“recomendado para o futuro ano escolar”, sendo, então, “considerado o primeiro
compêndio adotado oficialmente num curso regular de Química no Brasil” (Nadja Paraense dos Santos; Carlos A. L. Filgueiras- “O primeiro curso regular de química no Brasil”, São Paulo 2011)
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A divulgação desta disciplina e a curiosidade que despertara entre uma
camada social ávida de conhecimentos, talvez fosse a razão para encontrarmos no
Catálogo da Livraria de D. Carlota Joaquina, além do manuscrito contendo o
sumário de parte das lições do Dr. Gardner, esta
obra do químico francês Antoine François de Fourcroy (1755-1809), na sua tradução
portuguesa.
Anúncios da Gazetas:
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n.º 51, 1810 |
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n.º 74, 1811 |
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n.º 60, 1811 |
MMB
A missão Jesuíta da China nas coleções da Biblioteca da Ajuda: textos
A publicação do livro do Prof.
Noël Golvers, Letters of a Peking Jesuit.The correspondence of Ferdinand Verbiest, SJ (1623-1688), Lovaina:
Ferdinand Verbiest Institute, KU, 2017, foi a oportunidade para a realização de
uma sessão que congregou no espaço da Biblioteca da Ajuda um conjunto de
investigadores numa 'conversa à volta da mesa' com a produção documental e
bibliográfica jesuíticas como tema comum.
Atas do Colóquio: [Aqui]
Sumários em Inglês e português pdf:
Sumario_PT_ING-Col_Jesuitas na BA.pdf
Sumario_PT_ING-Ferdinand Verbiest.pdf
Sumario_Eng_ PT_Tomás Pereira.pdf
Sumario_PT_ING_Compendiosa-narratio_.pdf
Esta situação foi duplamente
satisfatória pois não só foram invocadas as obras, as estórias e o significado
histórico da Companhia de Jesus em Portugal, como foi também uma ocasião de
retomar uma das valências historicamente documentadas desta Biblioteca enquanto
espaço de construção, partilha e divulgação de conhecimento.
A qualidade e originalidade das comunicações e a sua referência direta à coleção à guarda da Biblioteca justificaram a edição das Atas do Colóquio Internacional A missão jesuíta da China nas coleções da Biblioteca da Ajuda, publicadas no sítio do Palácio Nacional da Ajuda, mais um passo na divulgação das coleções e espécies mais preciosas da Biblioteca da Ajuda.
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BA. 17-XI-23 (1628) |
A qualidade e originalidade das comunicações e a sua referência direta à coleção à guarda da Biblioteca justificaram a edição das Atas do Colóquio Internacional A missão jesuíta da China nas coleções da Biblioteca da Ajuda, publicadas no sítio do Palácio Nacional da Ajuda, mais um passo na divulgação das coleções e espécies mais preciosas da Biblioteca da Ajuda.
Sumario_PT_ING-Col_Jesuitas na BA.pdf
Sumario_PT_ING-Ferdinand Verbiest.pdf
Sumario_Eng_ PT_Tomás Pereira.pdf
Sumario_PT_ING_Compendiosa-narratio_.pdf
Sumario_microcensura dos livros_Hervé-Baudry.pdf
Apresentações completas na barra lateral do Blogue: "Textos"
MFGApresentações completas na barra lateral do Blogue: "Textos"
Hamzeh Almaaytah, O LIVREIRO PRODIGIOSO
Representante da quarta geração de livreiros, Hamzeh AlMaaytah dorme poucas horas por
dia e sempre num velho colchão, atrás de um biombo, junto ao balcão da sua
livraria em Amã. Trabalha 365 dias por ano.
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Comunicativo, enérgico, vivaz e bem-falante, citando de cor
inúmeros poetas, em Fusha – árabe
literário – mais do que em jordano, Hamzeh vive verdadeiramente para os livros
e para a literatura, nunca encerrando as portas da sua Mahall al-Maa (Livraria
al-Maa), situada nas cercanias da Mesquita Husseini e do mercado local. Por
vezes, no final da noite, desfruta de um brevíssimo e merecido descanso, quando
é substituído por dois antigos funcionários de seu pai, dois sírios refugiados
em Amã.
Na al-Maa, os preços dos livros são sempre negociáveis, dependendo
das posses, do entusiasmo e das necessidades do comprador e, sempre, da
generosidade do vendedor.
Empréstimos domiciliários e troca de exemplares com outros
leitores ou com o livreiro - caso único neste meio - são praticados por este livreiro prodigioso.
Hamzeh recusa armazenar,
comprar, vender ou trocar títulos que incitem à violência, à discriminação
religiosa, étnica e de género, à perseguição do diferente, seja árabe, cristão
ou judeu, mesmo sabendo que faria muito bom negócio se aos maus princípios
cedesse.
Ele acredita e defende que a livraria deve ser um verdadeiro oásis,
um purificador da mente e não uma correia de transmissão de ideias perigosas,
maléficas e odientas.
Comerciar não é a prioridade, mas sim fazer chegar e espalhar
matéria escrita e ilustrada que fertilize o espírito, qualificando e
dignificando o ser humano.
A al-Maa disponibiliza cerca de 2000 títulos em loja, 1000 em
armazém – em permanente e cuidada inventariação - e é um riquíssimo entreposto
de livros, em várias línguas, de ideais, de sonhos e de valores humanistas
universais.
Obrigada, Hamzeh!
Homenageando
esta personalidade ímpar e elogiosa da natureza humana, a Biblioteca da Ajuda
propõe a consulta de
Portogallo
in
FERRARIO,
Giulio (1767-1847)
Il costume antico e moderno o storia del
governo, della milizia, della religione, delle arti, scienze ed usanze di tutti
i popoli antichi e moderni (…). Tomo
V. Parte 1. – "Europa". – Milano:
dalla tipografia dell'Editore [Vicenzo Batelli], 1827.
BA 125-I-13
Obra de imensa envergadura técnica, estética e de conteúdo, é fruto de um espírito letrado e racional que se dedicou a sistematizar e divulgar os costumes e a organização de todos os povos do mundo, mesmo aqueles à época menos conhecidos. Continuando o 'espírito enciclopédico', alimentou o interesse pelo exótico e pelo mundo humano nas suas múltiplas formas, inaugurando uma forma coletiva de publicação, envolvendo o trabalho de inúmeros colaboradores e artistas.
AM
AM
Bailes de Máscaras:
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APNA 9.1.1, n.º 2 |
A 7 de Fevereiro de 1864. A Rainha Dona Maria Pia organizou no Palácio da Ajuda, uma "Soirée de Mascaras".
A 15 de Fevereiro de 1865. A Rainha Maria Pia organizou no Palácio da Ajuda um baile de máscaras para o qual usou 3 disfarces e, grande adepta da fotografia, fez-se fotografar com todos eles.
A Biblioteca da Ajuda conserva, na sua colecção de fotografia, os retratos da Rainha, nos diferentes trajes que usou:
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BA. Reg. 960 |
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BA. Reg. 870 |
BA reg. 960
depois a Rainha trocou por um traje de escocesa:
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BA. Reg. 961 |
por último usou o traje de Dominó
Mais..... [Aqui]
CPB
Obra da Biblioteca da Ajuda no Museu Calouste Gulbenkian
As Flores do Imperador: Do Bolbo ao Tapete ⎸Coleção do Fundador – Galeria do Piso Inferior ⎸9 de Fev. - 21 de Maio 2018 ⎸10h00 até 17h30
A mostra propõe uma análise dos motivos decorativos de dois tapetes da coleção de Arte Islâmica do Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador – produzidos na Índia Mogol durante o reinado de Xá Jahan (1628-1658). A tipologia e o cariz naturalista dos desenhos florais patentes nestes exemplares sugerem os diálogos estabelecidos entre Oriente e Ocidente ao longo do século XVII e a circulação, à escala global, de pessoas, livros, imagens e espécimes botânicos
Mais Informações [Aqui]
Obra da Biblioteca da Ajuda:
Cod. Ms, papel com pigmentos coloridos e ouro; gravuras, a negro, dos apóstolos Mateus e João.
BA. 52-XIII-32
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Uma das traduções em Persa (Farsi), dos evangelhos de S. Mateus e S. João, feitos por missionários Jesuítas na corte do Grão Mogol, no início do Séc. XVII e enviados para a Europa.
A mostra propõe uma análise dos motivos decorativos de dois tapetes da coleção de Arte Islâmica do Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador – produzidos na Índia Mogol durante o reinado de Xá Jahan (1628-1658). A tipologia e o cariz naturalista dos desenhos florais patentes nestes exemplares sugerem os diálogos estabelecidos entre Oriente e Ocidente ao longo do século XVII e a circulação, à escala global, de pessoas, livros, imagens e espécimes botânicos
Mais Informações [Aqui]
Obra da Biblioteca da Ajuda:
Dastan- I -Masih “Evangelhos
em Persa” [S. João e S. Mateus]; [S. João: 1: 1-18; S. Mateus: 1: 1-17; 1:
18-24 e 2: 1-12]
Autor: Tradução de Jerome
Xavier S.J., com Abdu-s-Sattar ibm qasim, ca. 1604Cod. Ms, papel com pigmentos coloridos e ouro; gravuras, a negro, dos apóstolos Mateus e João.
BA. 52-XIII-32
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Uma das traduções em Persa (Farsi), dos evangelhos de S. Mateus e S. João, feitos por missionários Jesuítas na corte do Grão Mogol, no início do Séc. XVII e enviados para a Europa.
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