Obras oferecidas pelo autor:
- Da Monarquia Constitucional à República: 1834-1910 - uma cronologia / Fernando de Castro Brandão. - Póvoa de Santo Adrião: Europress, 2003.
A importância da cronologia, para a análise da História, considera-se
inegável. Enquadramento necessário, nele se articula toda a gama de
factos inscritos no tempo e no espaço.
Embora ciência auxiliar,
frequentemente torna-se essencial. Informativa e disciplinadora fornece a
instrumentalização básica a qualquer estudo histórico.
No presente trabalho a escolha recaiu sobre um período, tão complexo
quanto determinante da História portuguesa. A monarquia constitucional
abre uma fase nova, de que lhe resultaram consequências fatais. Época
factologicamente intrincada, por fértil em acontecimentos. À girândola
política do restaurado liberalismo, segue-se uma regeneração
desenvolvimentista de alento limitado. O incipiente republicanismo
partirá para uma consagração que põe termo a 770 anos de realeza. Eis o
quadro ao qual se procurou dar moldura cronológica
- Cronologia da História Diplomática Portuguesa / Fernando de Castro Brandão. - Lisboa: Europress, 2013
Há precisamente uma
década publica se “História Diplomática de Portugal – Uma Cronologia”,
com maior fôlego, atestado nos seus 6.445 registos. À presente edição,
além de actualizada, acrescentaram se múltiplos elementos novos, a
perfazer 11.360 averbamentos

Pela primeira vez introduziu se um
capítulo referente à dinastia Filipina. Confessa-se que houve muita
hesitação em fazê-lo. De facto, o Reino de Portugal deixara de possuir
uma diplomacia própria. E, excluindo alguma actividade nesse domínio nos
territórios da Índia, tudo o mais se dilui, desapercebido, na acção
diplomática espanhola.
Isso mesmo se pode constatar pelas aturadas
consultas realizadas na Biblioteca Nacional de Espanha, em Madrid. A
inópia de referências bibliográficas aos interesses portugueses é quase
total. Haveria que aguardar pela Restauração da Independência para a
criação de uma diplomacia germinal, fundamento da dos nossos dias. Não
será por acaso que se considere o diplomata daquela época, D. Francisco
de Sousa Coutinho o primeiro Embaixador de carreira.
Antes de aludir
aos critérios adoptados, há que sublinhar o empenho, sempre presente, no
rigor cronológico. Objectivo primordial, não deixa de ser tarefa
complexa e nem sempre garantida, face às frequentes divergências entre
as fontes. Essas discrepâncias, mais habituais para os primórdios da
História portuguesa, amiúde subsistem mesmo em relação aos tempos
modernos e contemporâneos. Verifica se até, que para os factos muito
recentes, não se logram, segundo distintas procedências, datações
inquestionáveis. Por isso, só pelo cruzamento dos dados obtidos se
chegará a conclusões mais apuradas. Sem embargo, nunca há certeza, em
alguns casos, de uma concisão absoluta. Quanto à selecção das
efemérides, constitui encargo inteiramente subjectivo do seu
responsável. No caso vertente, pautou se por critérios básicos e
definitórios da actuação concreta de toda uma política externa secular.
Destacando
se como principais testemunhos os Tratados, Acordos, Convenções,
Protocolos e Convénios, abrange se toda uma panóplia de sectores e
matérias que lhe dão origem. Para a Monarquia, os matrimónios entre
Casas reais avultam com importante significado. De igual modo, são
particularmente expressivas as embaixadas e enviaturas mandadas ou
recebidas pelos governos das Nações.
Na actualidade, visitas de Estado dos Presidentes da República ou dos monarcas marcam pontos altos das relações bilaterais.
Transversal
ao percurso histórico temos as apresentações de credenciais,
portuguesas e estrangeiras, cuja escolha para registo dependeu de
factores diversos: importância dos países, particularidades das
conjunturas, tempos de permanência, ou outros de mera circunstância.
- História da Expansão Portuguesa: 1367-1580 - uma cronologia / Fernando de Castro Brandão. - Odivelas:
Europress, 1995
O estudo da expansão portuguesa é tão aliciante quanto controverso.
Matéria sensível em muitos dos seus aspectos, deles se revela uma fixação cronológica sempre adiada e à qual este trabalho pretende dar
uma achega. Abrangendo os reinados de D. Fernando até ao do Cardeal D.
Henrique, terá sempre o mérito de uma selecção criteriosa, se bem que,
naturalmente, subjectiva.
Foca aspectos diversificados de um empenho colectivo, que guindou Portugal uma presença indelével na História da Humanidade.