AVISO: Biblioteca da Ajuda encerrada

Informamos os nossos leitores que, devido a Cerimónias oficiais que irão de correr no Palácio da Ajuda, a Biblioteca da Ajuda encerra nos dias 5 e 6 de Junho pp. 

Na segunda-feira será retomado o horário regular.

Agradecemos a compreensão dos nossos leitores

Dia Internacional da Criança:


Neste dia a Biblioteca da Ajuda dá a conhecer aquela que poderá ser considerada uma obra-prima da literatura infantil e das artes da ilustração, les Contes de Perrault

PERRAULT, Charles, 1628-1703 ; STAHL, P.-J., 1814-1886 ; CLAYE, Jules, 1806-1886 (88?) ; DORÉ, Gustave , 1832-1883 ; Biblioteca Real (Lisboa) - Les Contes de Perrault . Paris : J. Hetzel, libraire-éditeur , M DCCC LXIV [1864] : [J. Claye, Imprimeur]). 1 vol. (XXIV-62 p.)

BA. 125-II-14




Esta obra conjunta, apesar dos seus autores Charles Perrault e Gustave Doré, terem vivido em épocas diferentes, é o exemplo de como a escrita e a arte visual se conjugaram para criar uma edição, a todos os títulos, imponente.

A Charles Perrault (1828-1703), devemos a transposição para a escrita das histórias que, ainda hoje, fazem parte do imaginário infantil, e a Gustave Doré (1832-1883), as ilustrações que deram vida aos textos.


Perrault, apesar de ser formado em leis e ter sido assistente de Colbert, foi considerado o “pai da literatura infantil”, na medida em que consolidou, através da escrita, contos assentes na tradição popular oral. 

Os fins pedagógico e moral que os mesmos encerravam, transformaram-nos em manuais preciosos para a educação das crianças, uma vez que aliavam ao entretenimento um fim moral, refletindo os valores e receios da sociedade de então.

A obra mais conhecida deste autor, Histórias ou Contos do Tempo Passado com Moralidades ou Contos da Mãe Gansa, inclui contos sobejamente conhecidos, tais como a Bela adormecida, Cinderela, o Gato das botas, o Pequeno Polegar, entre outros.


Doré, por seu lado, foi um dos mais produtivos ilustradores franceses do seu século, destacando-se por criar imagens muito expressivas e dramáticas que com o seu estilo detalhado e impressivo, influenciou gerações de artistas,  continuando a ser admirado pela sua capacidade de traduzir as palavras e emoções, em imagens. 




Para a excelência da obra da BA que agora apresentamos muito contribuiu o talento de ambos, um que eternizou pela escrita um acervo oral, o outro que através de imagens, recriou o universo onírico do imaginário popular para o mundo encantado das crianças:

Era uma vez:

   A Bela adormecida



Cinderela













                 O Polegarzinho                                                                                    O Gato das Botas



DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA 2025

A Biblioteca da Ajuda (BA), na qualidade de Biblioteca Patrimonial, desempenha um papel essencial na preservação e enriquecimento do conhecimento sobre e da língua portuguesa. O seu valor não se resume apenas à conservação dos livros antigos e/ou raros, mas também à manutenção da memória histórica e cultural que molda a evolução da língua.

Gramática da Língua portuguesa de João de Barros (1496-1570), impressa em Lisboa em 1540, embora seja historicamente a segunda – a 1ª de Fernão de Oliveira, de 1535 – é considerada como pioneira na sistematização da língua portuguesa moderna sendo a base de outras que a continuaram.

                                    










Neste caminho do estudo da origem e evolução da língua portuguesa lembramos o Vocabulário da Língua Portugueza, de Bluteau, ainda hoje um recurso importante para a compreensão histórica da "viagem cronológica das palavras" e um marco no estudo sistemático do português do séc. XVIII. Versão digital através da BND: aqui

A globalização da língua portuguesa teve o seu apogeu na era dos Descobrimentos, em que o contacto com outros povos tornou premente a comunicação verbal para expandir o cristianismo e o comércio, originando os primeiros dicionários da língua portuguesa face a outras línguas não europeias de que a BA guarda uma memória alargada na sua coleção:




RODRIGUES, João (P.)

 Arte breve da lingooa Japoa tirada da arte grande da mesma lingoa para os que começam a aprender os primeiros principios d’ella / João Rodriguez Amacao: no Colegio da Madre de Deus da Comp. de Jesu, 1620 4.°. — Enc.em perg. — Pert.: Bibl. Nec 
Cim. 50-XI-3

DIAS, Pedro (D.)

 Arte da lingua de Angola / Dom Pedro Dias 
Lisboa: na officina de Miguel Deslandes, 1697 
8.°. — Pert.: Col. Nobres 

Cim. 50-VIII-19






Em suma, são estes e outros tantos exemplos que se conservam no acervo da BA e que são fundamentais não só para manter a língua viva e em constante evolução, como instrumento de comunicação mas também como um reflexo da história e da cultura dos povos que a utilizam, nos seus diferentes contextos.



CPB &FG@BA

Aviso: leitura encerrada no dia 6 de Maio a partir das 13h00

Informamos os nossos leitores que, devido ao lançamento da obra de Teresa Leonor M. Vale Entre Roma e Lisboa no Século XVIII: Trânsitos e permanências, o serviço de leitura da Biblioteca da Ajuda encerra às 13h00.

Agradecemos a compreensão dos nossos leitores


Convite para lançamento de livro: 6 de Maio, 18h00

Será uma honra contar com a presença de todos que queiram estar presentes neste dia em que, fruto de pesquisas apuradas com base em fontes primárias, muitas delas fazendo parte do acervo da Biblioteca da Ajuda, se dá "voz" à História através da obra Entre Roma e Lisboa no Século XVIII: Trânsitos e permanências de Teresa Leonor M. Vale.


"Diversidade é Património"

Recebemos com muita satisfação um grupo de visitantes especialmente interessado em conhecer os tesouros bibliográficos que pertenciam à Real Biblioteca Particular, hoje Biblioteca da Ajuda. Foi um momento de troca de experiências muito enriquecedor e gratificante.