Informamos que, devido à preparação e realização de um evento oficial nesta Biblioteca, o serviço de leitura estará encerrado no dia 28 de Outubro (segunda-feira).
O horário regular será retomado no dia 29 de outubro (Terça-feira).
A Biblioteca da Ajuda é uma das mais antigas Bibliotecas de Portugal caracterizando-se, pela natureza e riqueza dos seus fundos, como uma Biblioteca Patrimonial que tem por objecto a conservação, estudo e divulgação do seu acervo documental
Informamos que, devido à preparação e realização de um evento oficial nesta Biblioteca, o serviço de leitura estará encerrado no dia 28 de Outubro (segunda-feira).
O horário regular será retomado no dia 29 de outubro (Terça-feira).
A representação iconográfica de Luís de Camões não tem associado um original de época, ao vivo, que permita a avaliação da exatidão dos seus retratos por referência a ele. O "famoso" retrato a sanguínea executado por Fernão Gomes, em Lisboa, em 1572, que seria coevo do poeta, tem sobre si uma história complicada de desaparecimento e reaparecimento ainda em estudo e, por outro lado, não parece ser conhecido dos biógrafos iniciais de Camões: Manuel Correia, Pedro Mariz e Manuel Severim de Faria.
De entre as primeiras obras biográficas que remetem para testemunhos diretos, destacamos, por ter um retrato do poeta, a sua biografia por Manuel Severim de Faria em "Discursos vários políticos …" de que a BA guarda o duplo registo:
50-XI-7:
Retrato por Gaspar de Faria Severim, em frontispício da "Vida de Lvis de Camoens", in Discursos vários de Manoel de Faria Severim, (1º ed.) 1624, p. 87 e segs., que está na origem de múltiplas gravuras posteriores do poeta.
46-VIII-39:
Retrato de Camões, em pedestal arq., "Lusiadas de Luis de camões Principe de los Poetas de España… Comentadas por Manuel de Faria e Sousa..". Desenho em moldura com a legenda: "Luis de camoens aet. XLVIII".
"Este retrato…es hecho de mano de Manuel de Faria [e Sousa]", 1636 (anotação ms. no canto superior direito).
50-XIV-18:
Retratos de Luís de Camões e Manuel Faria e Sousa, gravados por Pero de Villafranca [y Malagón, c. 1615-1684], - Madrid, 1637 - na edição impressa do ms. de Manuel de Faria e Sousa.
O facto do olho ferido ser o esquerdo é sujeito ainda hoje a interpretação.
55-IV-49, nº 16:
Camões meio-corpo. Gravura em medalhão. Mote: "Mansura per aevum fatorum comites" - 1641
(Com pena, livro e cota de soldado) = A partir da grav. de Gaspar Severim de Faria 1624.
Frontispício de folheto de 4 p., com a defesa de Camões, por João Soares de Brito (1611-1664).
Jerónimo de Barros Ferreira, 1750-1803. Pintor vimaranense.
José Lúcio da Costa (final séc. xviii). Desenhador e gravador, conhecido apenas por "Lúcio". Além desta gravação do retrato de Camões de J. B. F., executou a gravura duma medalha em honra do poeta a partir da medalha camoniana feita na Grã Bretanha pelo Barão de Dillon e copiada em 1793 por iniciativa do P. Tomás José de Aquino. (Extraído de Dicionário de pintores e escultores portugueses … / Fernando de PAMPLONA, s.l.: Oficina Gráfica lda., 1956, vol. II, p. 278/279).
Obras de Luis de Camões, principe dos poetas de Hespanha. - Nova ediçaõ, a mais completa e emendada... / de Luis Francisco Xavier Coelho. - Lisboa : na Officina Luisiana, 1779-[1780]. - 4 t. : il. 8º (18 cm)
Grav. oval de Camões com coroa de louros sob plinto com versos e legenda "Ant.º Frz. Roiz fes."
"Ludovicus Camonius Lusitanus, Epicorum Poetarum"
António Fernandes Rodrigues (1727-1807): Desenhador, gravador, arquiteto e medalhista. Nasceu no Brasil, aprendeu desenho e modelação com João Gomes Baptista, abridor de cunhos. Esteve em Lisboa em 1758 e, no ano seguinte, foi para Roma onde foi discípulo do escultor e gravador Filipe de la Valle. Daqui seguiu para Florença. Regressou a Lisboa em 1762, distinguindo-se como gravador e arquitecto.
50-XV-24:
Retrato a ¾ de Camões segurando um exemplar de Os Lusíadas, de cota militar e coroa de louros, sobre a legenda "Daqvele, cvia lyra sonorosa / sera mais afamada qve ditosa". O retrato está enquadrado em frontispício arquitetónico com reprodução de cenas e símbolos alegóricos dos Lusíadas.
"F. Gérard Delt. Effig. L. Visconti Delt. Pluteum. F. Lignon Sculpt.".
François Gérard (1770-1837) – Pintor de cenas históricas e retratista conseguiu enorme reputação em França onde foi pintor da Corte sob diversos soberanos.
Louis Tullius Joachim Visconti (1791-1853) – arquiteto, estudou na faculdade de Belas Artes de Paris, recebeu diversos prémios e manteve-se ligado profissionalmente ao governo de Paris, propondo e dirigindo intervenções em edifícios emblemáticos como a Biblioteca Real, o Palácio do Louvre e o túmulo de Napoleão Bonaparte nos Inválidos.
Etienne Frédéric Lignon (1773-1833) – Gravador.
Estátua da autoria de Vítor Bastos, realizada entre 1860-1867 ano em que foi inaugurada na presença do rei (D. Luís I), em 9 de Out.. Em bronze, a figura principal, com 4m de altura sobre um pedestal de 7, 48m; está rodeada de 8 estátuas em pedra lioz representando: Fernão Lopes, Pedro Nunes, Gomes Eanes de Azurara, João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, Vasco Mouzinho de Quevedo, Jerónimo Corte Real e Francisco Sá de Miranda. O custo da obra, paga a Vítor Bastos, foi de 38 contos.
Inauguração da estátua: Vj. ArchivoPitoresco, vol. X, 1867.
Informamos os nossos leitores que, de acordo com o nosso regulamento, já está em vigor o horário de Verão:
Horário de verão (1 de julho - 15 setembro)
De 2.ª a 6.ª Feira, 10h30 – 13h00; 14h00- 17h30 (requisições de leitura até às 15h30); Sala de Leitura encerra 15 minutos antes do fecho da Biblioteca.
A homenagem à história portuguesa na sua aventura marítima de "dar novos mundos ao mundo" inspira e aperfeiçoa tecnicamente a arte do cartaz público e da sua dimensão simbólico-artística, como se manifesta exemplarmente no cartaz genérico criado pra a ocasião.
BA. Reg. 2590
As comemorações, cuja coordenação esteve dependente da Comissão Executiva (cf. post anterior), foram amplamente divulgadas por vários periódicos da altura, de entre os quais destacamos a revista Occidente cujos n.º 59 [aqui], suplemento ao n.º 59, e dos n.º 60 ao n.º 62, lhes foram dedicados.
O n.º 62 [aqui], com poucos artigos, escritos, publicou várias estampas de Henrique Pousão e de Casanova, ilustrativas de alguns dos festejos ocorridos na cidade de lisboa:
Informamos os nossos leitores que, por motivos imprevistos, o serviço de leitura estará encerrado hoje (9 de Julho) a partir das 13h00.
Álbum do Tricentenário de Camões [10 de Junho 1880] / Henrique Nunes [1820-1882]. - 1880.
123-III-40, reg. 5748-5756
A memória de Camões na Biblioteca da Ajuda está presente em todas as áreas do seu acervo documental, quer seja manuscrito ou impresso. O Poeta que, nas suas palavras afirmou "... Cantando espalharei por toda a parte..." a aventura maior dos Portugueses, foi ele próprio e a sua obra, tanto épica como lírica, fonte de inspiração de contemporâneos e "sucessores" ao longo dos séculos. Esta inspiração extravasou o estrito domínio da poesia e alargou-se a outras áreas da cultura artística. Assim, encontramos os seus ecos na música que, curiosamente, se manifestam ainda em peças modernas ou contemporâneas.
Deixamos, entre outros que cantaram Camões, alguns exemplos que demonstram a eterna atualidade dos grandes temas líricos camonianos : Amália Rodrigues cantou, entre outras, "Lianor" [aqui] de José Afonso temos "verdes são os campos" [aqui], de José Mário Branco "Mudam-se os tempo, mudam-se as vontades" [aqui].
Os espécimes abaixo, que fazem parte do acervo desta Biblioteca, exemplificam e refletem essa mesma inspiração que aliando a poesia à composição musical - bons condutores de emoções - , serviram não só para distinguir o Poeta Maior da literatura portuguesa como, em simultâneo, para homenagear os nossos soberanos, enquanto mecenas e representantes dos Portugueses.Em Portugal o dia da Mãe era inicialmente comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da evocação da Imaculada Conceição. Para que esse dia ficasse, em exclusivo, para a comemoração de Nossa Senhora, na qualidade de Padroeira e Rainha de Portugal foi a data alterada, para o mês de Maio, mês de Maria, inicialmente no último domingo e, mais tarde, no primeiro, data que hoje celebramos.
Iniciando com umas gravuras de Nossa Senhora, que fazem parte de um dos álbuns da colecção Italiana de D. João V, a Biblioteca da Ajuda faz uma homenagem ao dia das Mães, publicando algumas imagens, de diferentes épocas e tipologias: