Aviso: Leitura encerrada

Informamos que, devido à preparação e realização de um evento oficial nesta Biblioteca, o serviço de leitura estará encerrado no dia 28 de Outubro (segunda-feira).

O horário regular será retomado no dia 29 de outubro (Terça-feira).

 Agradecemos a compreensão dos nossos leitores

Convite

Na próxima quarta-feira, 9 de Outubro às 18h00, convidamos todos a assistir, ao episódio sobre o compositor Português Pedro António Avondano, da série MESTRES E SONS LUSITANOS 




Mestres e Sons Lusitanos: apresentação da série documental sobre compositores portugueses dos Séc. XVII e XIX

Biblioteca da Ajuda | 9 Out. '24 | 18h00| Palácio Nacional da Ajuda  



A série documental retrata a biografia de seis compositores portugueses dos séculos XVIII e XIX, que escreveram obras musicais que ficaram famosas na época, dentro e fora de Portugal. Nos dias de hoje, estas obras estão em estado de hibernação, na escuridão dos depósitos e dos arquivos, longe dos ouvidos do público e das luzes dos palcos. Nesta série documental, foram filmadas centenas de documentos históricos e dezenas de entrevistas com historiadores, músicos e musicólogos, para redescobrir a vida e as obras destes compositores. Neste episódio são reveladas as recentes descobertas sobre a vida do compositor português Pedro António Avondano e sobre algumas das suas obras que continuam inéditas ou são raramente interpretadas em Portugal. A antestreia deste episódio será acompanhada por uma breve palestra da autora sobre a presença da música portuguesa no espaço cultural em Portugal e no mundo, e a importância de promover políticas culturais capazes de dar vida ao património musical português nas salas de espetáculo e nas instituições de ensino e de aprendizagem musical.

Jornadas Europeias do Património de 2024: Sessão evocativa dos 50 anos do incêndio, no Palácio da Ajuda

Palácio Nacional da Ajuda | 20 set. '24 | 16h00-17h30 | Biblioteca da Ajuda | Entrada livre

No âmbito das Jornadas Europeias do Património terá lugar na Biblioteca da Ajuda uma sessão evocativa do incêndio que, na noite de 23 para 24 de setembro de 1974, deflagrou no Palácio da Ajuda e implacavelmente destruiu a Galeria de Pintura, criada pelo Rei D. Luís para albergar parte da sua colecção de arte.

Passados 50 anos do sucedido e  contando com diversos testemunhos de época, diretos ou indiretos, voltaremos à reflexão e debate em torno da segurança e protecção do nosso património.

No decorrer da sessão serão exibidas filmagens realizadas à data e será apresentado um projeto de investigação para a reconstituição digital da Galeria de Pintura do rei D. Luís.


Camões e a BA: Os retratos em livros

 A representação iconográfica de Luís de Camões não tem associado um original de época, ao vivo, que permita a avaliação da exatidão dos seus retratos por referência a ele. O "famoso" retrato a sanguínea executado por Fernão Gomes, em Lisboa, em 1572, que seria coevo do poeta, tem sobre si uma história complicada de desaparecimento e reaparecimento ainda em estudo e, por outro lado, não parece ser conhecido dos biógrafos iniciais de Camões: Manuel Correia, Pedro Mariz e Manuel Severim de Faria.

De entre as primeiras obras biográficas que remetem para testemunhos diretos, destacamos, por ter um retrato do poeta, a sua biografia por Manuel Severim de Faria em "Discursos vários políticos …" de que a BA guarda o duplo registo: 


O impresso da 1.ª edição, o cimélio BA 50-XI-7 (igual a BA A-III-1) e o manuscrito, de 1622, que presidiu a esta 1.ª impressão, 
BA 52-VIII-49, no qual não constam os dois retratos da edição impressa.



50-XI-7:

Retrato por Gaspar de Faria Severim, em frontispício da "Vida de Lvis de Camoens", in Discursos vários de Manoel de Faria Severim, (1º ed.) 1624, p. 87 e segs., que está na origem de múltiplas gravuras posteriores do poeta.


"A. Paulus sculp." – Andries Pauwels ou Paulis (Antuérpia 1600-1639): gravador flamengo, conhecido pela ilustração de múltiplas obras com temas bíblicos, históricos, retratos … . Foi discípulo de Lucas Vosterman, o Velho e pertencia à sua Guilda em Antuérpia.


46-VIII-39: 

Retrato de Camões, em pedestal arq., "Lusiadas de Luis de camões Principe de los Poetas de España… Comentadas por Manuel de Faria e Sousa..". Desenho em moldura com a legenda: "Luis de camoens aet. XLVIII". 

"Este retrato…es hecho de mano de Manuel de Faria [e Sousa]", 1636 (anotação ms. no canto superior direito).

 



50-XIV-18: 

Retratos de Luís de Camões e Manuel Faria e Sousa, gravados por Pero de Villafranca [y Malagón, c. 1615-1684], - Madrid, 1637 - na edição impressa do ms. de Manuel de Faria e Sousa.

 O facto do olho ferido ser o esquerdo é sujeito ainda hoje a interpretação.




55-IV-49, nº 16:

Camões meio-corpo. Gravura em medalhão. Mote: "Mansura per aevum fatorum comites" - 1641

(Com pena, livro e cota de soldado) = A partir da grav. de Gaspar Severim de Faria 1624. 

Frontispício de folheto de 4 p., com a defesa de Camões, por João Soares de Brito (1611-1664).




 


57-I-1:

Retrato a meio corpo de Camões,com legenda decorado abaixo com versos. Fundo: Tejo e Torre Belém
 "Hieronym. Barr. inv. – Lucius sculp. Olisip. 1784"

Jerónimo de Barros Ferreira, 1750-1803. Pintor vimaranense.

José Lúcio da Costa (final séc. xviii). Desenhador e gravador, conhecido apenas por "Lúcio". Além desta gravação do retrato de Camões de J. B. F., executou a gravura duma medalha em honra do poeta a partir da medalha camoniana feita na Grã Bretanha pelo Barão de Dillon e copiada em 1793 por iniciativa do P. Tomás José de Aquino. (Extraído de Dicionário de pintores e escultores portugueses … / Fernando de PAMPLONA, s.l.: Oficina Gráfica lda., 1956, vol. II, p. 278/279).


68-II-12: 

Obras de Luis de Camões, principe dos poetas de Hespanha. - Nova ediçaõ, a mais completa e emendada... / de Luis Francisco Xavier Coelho. - Lisboa : na Officina Luisiana, 1779-[1780]. -  4 t. : il. 8º (18 cm)

Grav. oval de Camões com coroa de louros sob plinto com versos e legenda "Ant.º Frz. Roiz fes."

"Ludovicus Camonius Lusitanus, Epicorum Poetarum"

António Fernandes Rodrigues (1727-1807): Desenhador, gravador, arquiteto e medalhista. Nasceu no Brasil, aprendeu desenho e modelação com João Gomes Baptista, abridor de cunhos. Esteve em Lisboa em 1758 e, no ano seguinte, foi para Roma onde foi discípulo do escultor e gravador Filipe de la Valle. Daqui seguiu para Florença. Regressou a Lisboa em 1762, distinguindo-se como gravador e arquitecto.

50-XV-24:

Retrato a ¾ de Camões segurando um exemplar de Os Lusíadas, de cota militar e coroa de louros, sobre a legenda "Daqvele, cvia lyra sonorosa / sera mais afamada qve ditosa". O retrato está enquadrado em frontispício arquitetónico com reprodução de cenas e símbolos alegóricos dos Lusíadas.

"F. Gérard Delt. Effig. L. Visconti Delt. Pluteum. F. Lignon Sculpt.".

François Gérard (1770-1837) – Pintor de cenas históricas e retratista conseguiu enorme reputação em França onde foi pintor da Corte sob diversos soberanos.

Louis Tullius Joachim Visconti (1791-1853) – arquiteto, estudou na faculdade de Belas Artes de Paris, recebeu diversos prémios e manteve-se ligado profissionalmente ao governo de Paris, propondo e dirigindo intervenções em edifícios emblemáticos como a Biblioteca Real, o Palácio do Louvre e o túmulo de Napoleão Bonaparte nos Inválidos.

Etienne Frédéric Lignon (1773-1833) – Gravador.

 Da revisão das chapas e sua harmonização foi encarregue o famoso gravador Paolo Toschi que deixou marcas  – de difícil visualização – em algumas gravuras, como no retrato em frontispício  desta edição se deteta: um "T" no braço direito do busto.

 

Considerado um dos melhores retratos gravados do Poeta, faz jus ao empenho e dedicação do Morgado de Mateus na composição dos "seus" Lusíadas de 1817, para a qual contratou os melhores artistas e gravadores. Estas estampas, pela qualidade do desenho e da gravura, constituíram coleções que foram sendo produzidas, muitas delas, a partir das provas originais.

 
113-VII-55:                                                                                                                 
"La Statue de Camoëns" (grav. desd., frontsp. do texto "L'Association des journalistes et écrivains portugais.", pp. 209-216, in Les Fêtes en PortugalInauguration du chemin de fer de la Beira Alta: voyage de la famille royale. /Notes et souvenirs de voyage par B[ronislaw] Wolowki, 1883.


Estátua da autoria de Vítor Bastos, realizada entre 1860-1867 ano em que foi inaugurada na presença do rei (D. Luís I), em 9 de Out.. Em bronze, a figura principal, com 4m de altura sobre um pedestal de 7, 48m; está rodeada de 8 estátuas em pedra lioz representando: Fernão Lopes, Pedro Nunes, Gomes Eanes de Azurara, João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, Vasco Mouzinho de Quevedo, Jerónimo Corte Real e Francisco Sá de Miranda. O custo da obra, paga a Vítor Bastos, foi de 38 contos.

Inauguração da estátua: Vj. ArchivoPitoresco, vol. X, 1867.


Curso de Paleografia e Edição de Textos: “Ler a China e o Brasil em Manuscritos (Sécs. XVI-XIX). ”


De 19 de Setembro a 25 de Outubro realiza-se o curso Ler a China e o Brasil em Manuscritos (Sécs. XVI-XIX).

Curso de Paleografia e Edição de Textos, organizado conjuntamente pelo Centro Científico e Cultural de Macau e pelo Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa, com a parceria da Biblioteca da Ajuda. 

O curso terá um formato híbrido, decorrendo as aulas presenciais no Centro Científico e Cultural de Macau, e será coordenado por Cristina Costa Gomes e Isabel Murta Pina. 

O objectivo do curso é o de proporcionar a todos os interessados conhecimentos práticos de leitura paleográfica, transcrição e edição de textos dos séculos XVI a XIX.

Informações mais detalhadas: aqui

AVISO: horário de Verão

Informamos os nossos leitores que, de acordo com o nosso regulamento, já está em vigor o horário de Verão:

Horário de verão (1 de julho - 15 setembro)

De 2.ª a 6.ª Feira, 10h30 – 13h00; 14h00- 17h30 (requisições de leitura até às 15h30); Sala de Leitura encerra 15 minutos antes do fecho da Biblioteca.


Camões e a BA: Tricentenário de Camões II - 10 de Junho 1880 -a divulgação

O Tricentenário de Camões, nascido num ímpeto patriótico e nacionalista da camada intelectual e política – como resulta dos nomes que compõem a Comissão Executiva – foi marcado por uma intensa campanha de divulgação das festividades que se associaram. Instituições, comissões, cidadãos nacionais e estrangeiros deram eco aos festejos, sessões públicas e manifestações individuais.

A homenagem à história portuguesa na sua aventura marítima de "dar novos mundos ao mundo" inspira e aperfeiçoa tecnicamente a arte do cartaz público e da sua dimensão simbólico-artística, como se manifesta exemplarmente no cartaz genérico criado pra a ocasião.


BA. Reg. 2590

As comemorações, cuja coordenação esteve dependente da Comissão Executiva (cf. post anterior),  foram amplamente divulgadas por vários periódicos da altura, de entre os quais destacamos a revista Occidente cujos n.º 59 [aqui], suplemento ao n.º 59, e dos n.º 60 ao n.º 62lhes foram dedicados. 

 n.º 59 (supl.)n.º 60                n.º 61         

 

O n.º 62 [aqui], com poucos artigos, escritos, publicou várias estampas de Henrique Pousão e de Casanova, ilustrativas de alguns dos festejos ocorridos na cidade de lisboa:


                                                                           

                                                                    
De entre as múltiplas edições relativas a Camões e a Os Lusíadas impressas durante as Comemorações do 3º Centenário da Morte de Luís de Camões, destacamos 2 das existentes na Biblioteca da Ajuda:


A primeira edição dos Lusíadas / por Tito de Noronha. - Porto ; Braga : Livraria Internacional de Ernesto Chardron, 1880. - 87, [10]p. : il 30,5 cm. - (Camoniana). - Dedicatória, ms, de Tito de Noronha ao Rei D. Luís. - Tem selo, muito sumido, do arrolamento de 1911 "U''1234". BA 149-X-54



Braga, Teófilo, 1843-1924 ; Camões, Luís de, 1524-1580 ; D. luís I, (Rei de Portugal) ; Imprensa de Cristovão A. Rodrigues. Lisboa - Bibliographia camoniana. Edição numerada de 1 a 325 exemplares. Lisboa : Imprensa de Christovão A. Rodrigues. 253, [2], pp. 
BA 156-VIIIA-1 


Acesso para as obras relativas a Camões na Biblioteca da Ajuda [Aqui]

FG & CPB @BA

AVISO: leitura encerrada

Informamos os nossos leitores que, por motivos imprevistos, o serviço de leitura estará encerrado hoje (9 de Julho) a partir das 13h00.


Agradecemos a compreensão dos nossos leitores para esta situação.

Recordamos hoje a Infanta de Espanha

Maria Josefa Carmela de Bourbon (Pepa, em família) ( 1744 – 1801)


autor Lorenzo Tiepolo


Nasce  princesa de Nápoles e da Sicília, enquanto filha do rei Carlos VII de Nápoles e Sicília. Torna-se Infanta de Espanha pela ascensão do pai à coroa de Espanha, como Carlos III, vaga por morte de Fernando VI, sem descendência. 

Nunca se casou e viveu sempre na corte do pai e, após a morte deste (Dez. de 1788), na do irmão Carlos IV.  Morre no Escorial e foi enterrada em Madrid, no convento Carmelita de Santa Teresa de Jesus, a seu pedido. 

A Biblioteca da Ajuda (BA) tem no seu acervo, um conjunto epistolográfico, autógrafo, da Infanta Maria Josefa dirigidas à prima direita (ou irmã), a Rainha de Portugal, Maria I, enviadas entre 1781 e 1791, em castelhano, com assuntos de natureza familiar.

 Cartas da infanta D. Maria Josefa de Borbón (1744-1801) para a prima D. Maria I, Rainha de Portugal         (1734-1816), 1781-1791: [aqui]

Mais: 

A infanta Maria Josefa Carmela de Bourbon (1744-1801) e PortugalIsabel Drumond Braga, 2023 [aqui]
da autoria da infanta, datadas entre 1781 e 1791

Camões e a BA: Tricentenário de Camões - 10 de Junho 1880

Assinalam-se hoje o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, e os 144 anos em que foram inauguradas as novas instalações da Biblioteca da Ajuda, na ala que ainda hoje se encontra, resultando, nas palavras de Teófilo Braga, no “...começo para uma éra nova…“.


[Álbum sobre Lisboa e Sintra]/ F. Rocchini photographo. - [1868]. - 
1 álbum [27] f. : 27 fotos, provas em albumina, p&b  

A transferência da Biblioteca, determinada por D. Luís I, concretizou-se aproveitando esta data para se efectivar, já sob a gerência de Magalhães Coutinho (1877-1892).


Transc. do rascunho do Arq. Hist. do Min. Finanças, caixa 891, Proc. 699 
in: 
Alexandre Herculano e a Biblioteca da Ajuda / Mariana Machado dos Santos, Coimbra: O Instituto, 1965, p. 80



A inauguração das novas instalações da Biblioteca Real que a transferiram do seu, há muito degradado, edifício no Paço Velho, para novas salas no edifício do novo Palácio, vindo a ocupar os espaços projetados para as acomodações dos Archeiros que, assim, receberam as melhorias arquitetonicas e decorativas, a cargo do arq. Rafael da Silva Castro e do pintor Pereira Cão Jr., que ainda hoje definem as principais Salas da Biblioteca. 

Arquivo Interno: pasta da gerência de José Eduardo Magalhães Coutinho. 
BA. D.293 






Nesta data, 10 de Junho 1880, para além da inauguração das novas instalações da Biblioteca da Ajuda, foram planeadas outras iniciativas que ao longo de vários dias assinalaram e celebraram os 300 anos da morte do poeta português, Luís Vaz de Camões. 

Estes festejos foram concebidos, organizados e promovidos por um conjunto dos mais ilustres e influentes intelectuais da altura, organizados numa Comissão Executiva constituída por J. C. Rodrigues da Costa, Eduardo Coelho, Sebastião de Magalhães Lima, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão, Jaime Batalha Reis, Luciano Cordeiro, Rodrigo Afonso Pequito. Esta empreendeu uma campanha nacional  de divulgação e revitalização da vida e obra de Camões, ideologicamente colorida por um nacionalismo patriótico, perspectivado como um verdadeiro momento de união nacional visando o progresso do país. As principais atividades decorreram em Lisboa.


O Contemporaneo, nº 88, 6º ano, [aqui]

"Comissão executiva da imprensa no tricentenário de Camões".

BA. 233-X, reg 7201
De entre as atividades públicas realizadas destacamos um cortejo de carros alegóricos em Lisboa, "Cortejo Cívico", idealizado por Ramalho Ortigão que será, ca. de uma década depois, Diretor da Biblioteca da Ajuda (1895-1911). Desta iniciativa resultou um álbum de fotografias, da autoria de Henrique Nunes, que faz parte do acervo da BA e que se encontra reproduzido através do MatrizPix [aqui]


Álbum do Tricentenário de Camões [10 de Junho 1880]  /  Henrique Nunes [1820-1882]. - 1880. 

123-III-40, reg. 5748-5756


O álbum em questão é constituído por 13 fotografias:

Busto de Camões; Pavilhão onde foi assinado o auto da solenidade por ocasião do cortejo cívico; Carro triunfal representando a Marinha; Carro triunfal representando a Guerra; Carro triunfal representando as Artes; Carro triunfal representando as Colónias; Carro triunfal da Agricultura; Carro triunfal representando a Industria; Carro triunfal representando a Imprensa; Carro dos Alunos da Escola do Exercito; Carro dos Bombeiros Voluntários de Belém e carro com “bouquet” colossal; Monumento a Luis de Camões (vista panorâmica da praça ou Largo de Camões, em Lisboa).

                               "Carro triumphal representando a imprensa"

                              "Carro dos bombeiros voluntários de Belém..."

"Carro triunphal representando a Artes"


FG & CPB @BA

Camões na BA: a música

memória de Camões na Biblioteca da Ajuda está presente em todas as áreas do seu acervo documental, quer seja manuscrito ou impresso. O Poeta que, nas suas palavras afirmou "... Cantando espalharei por toda a parte..." a aventura maior dos Portugueses, foi ele próprio e a sua obra, tanto épica como lírica, fonte de inspiração de contemporâneos e "sucessores" ao longo dos séculos. Esta inspiração extravasou o estrito domínio da poesia e alargou-se a outras áreas da cultura artística. Assim, encontramos os seus ecos na música que, curiosamente, se manifestam ainda em peças modernas ou contemporâneas. 

Deixamos, entre outros que cantaram Camões, alguns exemplos que demonstram a eterna atualidade dos grandes temas líricos camonianos : Amália Rodrigues cantou, entre outras, "Lianor" [aqui] de José Afonso  temos "verdes são os campos" [aqui], de José Mário Branco "Mudam-se os tempo, mudam-se as vontades"  [aqui].

Os espécimes abaixo, que fazem parte do acervo desta Biblioteca, exemplificam e refletem essa mesma inspiração que aliando a poesia à composição musical - bons condutores de emoções - , serviram não só para distinguir o Poeta Maior da literatura portuguesa como, em simultâneo, para homenagear os nossos soberanos, enquanto mecenas e representantes dos Portugueses.


Colás, Francisco Libânio (1830-1885)

Camões: Marcha triumphal a grande orchestra em Solemnização ao tricentenário de Luíz de Camões, principe dos poetas portugueses. Ded. a D. Luís I
1880, Pernambuco
Cotas e outras ref.: U’’’4599; 138-III-32; cat. Música n.º 563

Mus. Ms. BA 54-XII-89 [autógrafo]



Cesari, Pedro

A Camões: marcha fúnebre. Séc. XX, Olhão
Partes cavas do clarinete 2.º; cornetins 1.º e 2.º; trombones 1.º e 2.º (2) barítono 1.º; baixo e contrabaixo; cat. Música n.º 5236

Mus. Ms. 54-VII-30, n.º 37-45 [autógrafo]




Eusèbe, Lucas Séc. XIX, Monaco

Le dernier chant du Camoêns: ballade a grand orchestre.
Part.ª para orquestra.
Enc. em moiré azul e branco, letras a ouro. Ded. a D. Luís I. - Portada desenhada a pena a azul
Cotas e outras ref.: U’’’4631; 138-III-70; cat. Música n.º 774

Mus. Ms. 54-XII-52 [autógrafo]


Machado, João Gonçalves (Séc. XX, Olhão)

Alma minha gentil que te partiste … música para canto a 3 vozes
cat. Música 4024

Mus. Ms. 54-VII-22, n.º 7 [autógrafo]

Reuchsel-Dieu, Léon (1840-1915)

Les Lusiadas. Poëme symphonique. 1875, Lyon
Partitura para canto e orquestra, 3 vols. Op. 54
cat. Música n.º 2686

Mus. Ms. 54-XII-1 a 3 [autógrafo]

Cordeiro, João Rodrigues (1826-1881)

Hymno (…) à inauguração da estátua do grande Épico portuguez Luiz de Camões
1867, Lisboa,
Musica para piano

BA. 137-I-12, n.º 1
Frondoni, Angelo (1809-1891)

Luís de Camões
Música para canto c. acomp. de piano e letra L. A. Palmeirim.
In: antologia musical. Colecção (…) sobre poesias portuguesas, p. 27-39 Séc. XIX, London; W. Murray

BA. 137-I-9, n.º 136

 Cópia digital do exemplar da BNP [aqui]


Durand, L ()

Alma minha…
Música para canto c. acomp. de piano e letra em Português. e francês; Séc. XIX
Ded. a D. Luís I; cat. Música n.º 717
 
BA. 44-XV-68, n.º 82 [autógrafo]




FG & CPB @BA

Dia da Mãe

Em Portugal o dia da Mãe era inicialmente comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da evocação da Imaculada Conceição. Para que esse dia ficasse, em exclusivo, para a comemoração de Nossa Senhora, na qualidade de Padroeira e Rainha de Portugal foi a data alterada, para o mês de Maio, mês de Maria, inicialmente no último domingo e, mais tarde, no primeiro, data que hoje celebramos.

Iniciando com umas gravuras de Nossa Senhora, que fazem parte de um dos álbuns da colecção Italiana de D. João V, a Biblioteca da Ajuda faz uma homenagem ao dia das Mães, publicando algumas imagens, de diferentes épocas e tipologias: 


Federico Barocci da Urbino

Biblioteca da Ajuda: 52-IXV-37

N.º de Inv. digital: 75243.153.01 (ADF) [aqui]








Vespasiano Strada (1582–1622)

Biblioteca da Ajuda: 52-IXV-37

N.º de Inv. digital: 75243.160.01 (ADF) [aqui]



Rainha Maria II (1819-1853) com o seu filho Pedro (1837-1861)
Gravura (litografia)

Palácio nacional da Ajuda, Inv. 56600

N.º de Inv. digital: 64096 (ADF) [aqui]








Infanta Maria Ana de Bragança (1843-1884) com a filha Matilde da Saxónia (1863-1933)

Palácio Nacional da Ajuda, Inv. 56600

N.º de Inv. digital: 64096 (ADF)  [aqui]



Rainha Maria Adelaide da Sardenha (1822-1855) com a filha Maria Pia (1847-1911), futura rainha de Portugal

Palácio Nacional da Ajuda, Inv. 64294

N.º de Inv. digital: 44789 (ADF) [aqui]







Rainha Maria Pia de Sabóia (1847-1911) 
com os filhos, Carlos (1863-1908) e Afonso (1865-1920)

Fot. Casa Fritz, porto

Palácio Nacional da Ajuda, Inv. 61218

N.º de Inv. digital: 44789 (ADF) [aqui]


Estas e outras imagens estão disponíveis através do Matrizpix [aqui