Este livro é um detalhado e pioneiro estudo sobre os sistemas de iluminação - novecentistas, a óleo vegetal, petróleo, etc. - da Casa Real Portuguesa.
O autor começa por apresentar as inovações tecnológicas do século XIX, para depois conduzir o leitor numa rebuscada visita ao rico espólio do Palácio Nacional da Ajuda. É uma oportunidade de excelência para conhecer as peças não expostas desta colecção do Património Português.
No final do século XVIII desenvolveram-se sofisticados mecanismos em torno da iluminação a óleo vegetal. Estes foram os primeiros passos para o rápido desenvolvimento deste tipo de luminosidade, posteriormente seguido pelo gás, petróleo e eletricidade. Estes sistemas com intensidade de luz superior às tradicionais alteraram hábitos e vivências no interior da habitação.
Esta evolução está patente no acervo de luminária do Palácio Nacional da Ajuda, sendo alguns exemplares de importantes manufaturas europeias e americanas, relevantes para a história da iluminação e do design. Mas é sobretudo um espólio único no mundo por ter pertencido a uma casa reinante europeia, por estar quase completo, pela qualidade diversificada dos exemplares e por expressarem os grandes avanços tecnológicos do século XIX, entre outras particularidades.
Obra é valorizada com cerca de uma centena de ilustrações e diversos anexos documentais, como glossário, manufacturas e individualidades, totalmente inéditos.
António Cota Fevereiro (n. 1978) é arquiteto e investigador. É mestre em arquitetura pela Universidade Lusíada de Lisboa, onde defendeu em 2011 a tese Álvaro Augusto Machado, José António Jorge Pinto e o Movimento Arte Nova em Portugal.
Tem vindo a desenvolver trabalhos em torno da arquitetura do século XIX e início do século XX, dedicando-se, em particular, ao estudo da volumetria e da espacialidade da Arte Nova portuguesa, da azulejaria e das artes decorativas. Em torno destes trabalhos enveredou pelo levantamento de biografias, complementando assim lacunas e notas biográficas de projetistas, de artistas e de individualidades relevantes para a história da arte em Portugal. Recentemente dedicou-se à biografia e à arquitetura de estrangeiros na ilha de São Miguel, no século XVIII e início do século XIX, que estiveram ligados ao comércio da laranja. Nestes trabalhos tem levantado documentação inédita e que tem vindo a ser publicada em vários artigos.
No ano de 2015 deu início ao estudo aprofundado dos candeeiros da Casa Real, cujo primeiro resultado agora se dá à estampa. O trabalho ainda está em curso, sendo o tema da tese de doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Sem comentários:
Enviar um comentário