O mapa que inventou o Brasil / Júnia Ferreira Furtado. - 1.ª ed. - Rio de Janeiro: Versal; S. Paulo: Odebrecht, 2013
O Mapa que Inventou o Brasil, luxuosa publicação da Versal Editores, é baseada no trabalho vencedor
do Prémio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares,
que completa uma década de apoio à pesquisa histórica. O livro tem como tema
principal o mapa produzido pelo cartógrafo francês Jean Baptiste Bourguignon
d´Anville, que elaborou a Carta da América Meridional (Carte de l´Amérique
Méridionale) para
esclarecer o estabelecido pelo Tratado das Tordesilhas (1494) em
relação ao limite que definia as fronteiras entre as coroas portuguesas e
espanholas. Comummente os
mapas são executados para que se possa visualizar um território previamente
definido mas, de acordo com as investigações de Júnia Furtado,
esse não é o presente caso.
O Tratado de Tordesilhas, celebrado entre Portugal e Espanha em 1494, não dava mais conta da realidade territorial resultante da ocupação do continente americano pelos dois países ao longo dos séculos XVI e XVII.Os conflitos nas áreas próximas à linha imaginária de Tordesilhas agravavam-se. Teve início, então, a demanda de uma solução definitiva para as possessões espanholas e portuguesas na América.
As negociações decorrentes culminaram na assinatura do Tratado de Madrid, em 1750, que aboliu o meridiano de Tordesilhas e definiu as novas fronteiras das terras americanas dos dois países naquele período.
estuda a parceria intelectual entre o representante diplomático de Portugal na França, dom Luís da Cunha, e o cartógrafo francês Jean-Baptiste Bourguignon d’Anville, voltada para a elaboração da Carte de l’Amérique méridionale, mapa que consubstanciava o projeto geopolítico advogado por Portugal para as suas possessões na América.
A parceria intelectual de D. Luís da Cunha, representante diplomático de
Portugal em França, com o cartógrafo Jean-Baptiste Bourguignon
d'Anville para elaborar a Carte de l’Amérique méridionale, deu ao território brasileiro configurações muito
próximas das actuais.
A elaboração do documento teve início em 1720 e desdobrou-se ao longo de
três décadas. Originalmente desenhada a lápis tem dois metros de altura,
ficou pronta em 1748. Até 1779, foram produzidas cinco edições
diferentes.
Jean-Baptiste d’Anville (1697-1782) |
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