Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

Régio Aparato e Soberano Festejo: As cerimónias de sagração da Real Basílica de Mafra em Outubro de 1730 / Teresa Leonor Vale; Ana Leal de Faria; Maria João P. Ferreira. - Lisboa: Scribe, 2019


No acervo da Biblioteca da Ajuda (BA. 51-VI-44, fls. 1-64) conserva-se o documento que na presente obra se publica e se estuda: trata-se de uma narrativa elaborada por alguém (o religioso arrábido Fr. José de Jesus Maria) que testemunhou presencialmente os acontecimentos relativos à sagração da Real Basílica de Nossa Senhora e de Santo António de Mafra, cujas solenes cerimónias decorreram em Outubro de 1730. Apesar de não ser desconhecido dos autores que se ocuparam de Mafra, sobretudo no âmbito da história da arte, o manuscrito permanecia por estudar. A relevância da informação que veicula, sem eco em outros textos coevos (tanto manuscritos como impressos), justificou a sua transcrição integral, publicação e estudo. Assim, procedeu-se à sua transcrição e empreenderam-se estudos nos quais se abordam os aspectos que, do ponto de vista dos conteúdos, se nos afiguraram como mais significativos. Após uma breve introdução em que se empreende uma apresentação do texto e seu autor, um primeiro ensaio empreende uma contextualização do acontecimento no âmbito do reinado de D. João V, efectuando-se uma dupla abordagem do evento, do ponto de vista do protocolo régio e do cerimonial religioso. Seguem-se outros dois ensaios, dedicados à presença da ourivesaria e dos têxteis no evento, os quais se assumem como verdadeiros participantes, quase diríamos protagonistas, das cerimónias. Importa ainda notar um aspecto no que ao carácter dos ensaios concerne, visto que os mesmos, ainda que alicerçados numa mesma fonte, desenvolvem abordagens diferentes, proporcionando assim um discurso plural entre a história e a história da arte.

Ler algumas págs. [Aqui]


BA. 51-VI-44, fls. 1-64

fl. 2
fl. 1

fl. 64




















Obra da Biblioteca da Ajuda no Museu de São Roque

Um Rei e Três Imperadores: Portugal, a China e Macau no Tempo de D. João V



Museu de S. Roque |  20 de dezembro 2019 até 5 de abril 2020


O reinado de D. João V (1706-1750) correspondeu aos reinados de três imperadores da dinastia Qing (Kangxi, Yonzheng e Qianlong) e foi um dos períodos mais intensos e relevantes do relacionamento entre Portugal e a Europa e a China. Esse período foi igualmente marcante para a história de Macau e para a sua qualidade de porto internacional de comércio e de porto entre dois impérios, o português e o chinês.
Exposição comissariada por Jorge Santos Alves que assinala os 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a China, os 20 anos da transferência de poderes em Macau e os 450 anos da Santa Casa da Misericórdia de Macau.


BA. 51-V-31



“Relação da Embaixada, e do que por respeito della sucedeu, que El rey N. Snr’ D. João o 5.º de seu nome no anno de 1725 mandou ao Imperador da Trataria, e China, cujo reynado era Yum Chim.»



[No final do doc., noutra mão]:  

Franc.co X.er da Rua Prior de Req.o a fez”.






Mais informações; [Aqui]

Aviso



Por força do despacho nº 12119/2019, de 18 de Dezembro, a Biblioteca da Ajuda estará encerrada nos dias 24 e 31 de Dezembro de 2019.


Agradecemos a compreensão dos nossos leitores e desejamos Boas Festas

José Monteiro da Rocha (1734-1819): notícia do seu legado na Biblioteca da Ajuda (BA)


Em 1819 morre em Carnaxide, Lisboa, o Dr. José Monteiro da Rocha. Educado por jesuítas no Brasil, ordem de que se tornará membro entre 1752 e 1759, cruza indirectamente o caminho da futura D. Maria II já que a sua carreira pedagógica na Universidade e a reforma pombalina da mesma, de que ele se encarregou na sua área, lhe trazem a notoriedade que o escolheu para conselheiro do então príncipe regente D. João, futuro D. João VI, e preceptor* do seu filho Pedro, futuro pai de D. Maria II, e mestre dos restantes infantes entre 1801 e 1807, data do embarque para o Brasil da Corte. As competências organizativas e o nível dos seus conhecimentos científicos e matemáticos são nele aplicados à educação pública e a uma atitude reformista que encontra paralelo na de D. Maria II no campo da educação pública e privada. Esta relação estreita com a Família Real nas gerações que precederam D. Maria II, marcada por coincidências biográficas como vimos, tem expressão documental no arquivo histórico da Biblioteca da Ajuda, na gerência do bibliotecário P. José de Abreu e Lima. É do seu punho o documento que regista a entrada da biblioteca do Dr. José Monteiro da Rocha na Real Biblioteca que, desde aí, integra a colecção à sua guarda. Terão sido alguns destes exemplares que prepararam as lições infantis e juvenis de D. Pedro IV e que, assim, integraram o capital de conhecimentos e experiência que o moldou e à sua filha-Rainha. Provavelmente, foram também talvez utilizados por Ela no Paço das Necessidades, para si ou para os seus filhos.

*Substiuído por Fr. António da Arrábida que acompanha a Família Real para o Brasil.

- 52-XIV-35, Nº 42 ["Documentos para a história da BA"]: catálogo alfabético (…) da biblioteca do Conselheiro Dr. José Monteiro da Rocha (…) – [Nov. e Dez. 1822 entrada BA]


“Catalogo Alfabetico dos livros, de que, por seus Auctores e títulos simplesmente notados, se formava a Biblioteca do Conselheiro o D.or Jozé Monteiro da Rocha, e por elle doada em verba de testamento ao Serenissimo Principe Real o Senhor D. Pedro de Alcântara. / Principiou-se a fazer esta entrega na Casa da Livraria do Paço da Ajuda com assistência do Senhor Corregedor do Bairro de Belem José António Maria de Souza e Azevedo no dia 20 de Novemb. 1822, assim ordenado por Avizo do Secretario d’Estado dos Negocios do Reino Filippe Ferreira d’Araujo e Castro, e se estendeu a dita entrega em forma de inventário por hu[m]a relação dos mesmos livros nos dias 20=21=22,,23=25=27=29= em dezembro nos dias 2 e 3.”

Para saber mais: [Aqui

Para conferir parte dos títulos desta doação, e do Autor, na colecção da BA veja [Aqui

Aviso: Leitura encerrada

Devido à preparação e realização de actividade do Ministério da Culturaa Biblioteca da Ajuda estará encerrada, à leitura, no dia 13 de Dezembro (sexta-feira), retomando o horário normal na segunda-feira, dia 16 de Dezembro a partir das 13H00.
      Agradecemos a compreensão dos nossos leitores para esta situação

Due to the preparation and realization of activity of the Ministry of Culture, Biblioteca da Ajuda will be closed for reading on December 13th (Friday). We will resume normal service on December 16th (Monday), at 13H00.
      We appreciate your understanding

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

O Palácio Nacional da Ajuda e a sua Afirmação como Museu  / Luís Filipe da Silva Soares, 16.º volume da colecção Estudos de Museus, uma edição da Direção-Geral do Património Cultural em parceria com a editora Caleidoscópio.


"O Paço Real da Ajuda, residência real e edifício ligado à representação do poder monárquico constitucional, mudou de funções depois da revolução de outubro de 1910. Passando por um processo demorado de arrolamento dos bens existentes, o agora denominado Palácio Nacional da Ajuda, passou a ter utilizações protocolares ligados à Presidência da República e foi o local escolhido para gerir um possível “garde-meuble” nacional. Contudo, o caráter de antigo paço real foi mantido, permitindo uma progressiva consciencialização da inevitável musealização do local.

Edifício central na memória da Monarquia em Portugal, encarado pela República como local apetecível para diversas funções, o Palácio Nacional da Ajuda seria utilizado pelas instituições deste regime para diversos fins. Porém, dentro de um quadro de tentativa de valorização do conjunto, também sugerido pelas diversas tentativas de conclusão do edifício, as suas características patrimoniais e museológicas marcaram sempre uma posição significativa e incontornável, afirmando-se progressivamente como museu, sendo apresentado ao visitante como Palácio-museu.

Através deste livro propomos analisar a evolução do Palácio Nacional da Ajuda, de outubro de 1910 até ao ano de 1981, dando destaque à ação das personalidades fundamentais nos primeiros anos da República (João Taborda de Magalhães e Custódio José Vieira) e analisando a atividade dos seus administradores/conservadores: Armando Porfírio Rodrigues (1911-1938), Manuel Carlos de Almeida Cayola Zagalo (1938-1964), Armindo Ayres de Carvalho (1964-1981)."

Índice:

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1 – “REPUBLICANIZAÇÃO” DO PAÇO DA AJUDA – 1910 A 1938
Revolução republicana e o período de “ocupação revolucionária”
Arrolamento
Tutela
Administração do Palácio Nacional da Ajuda
Tentativas de abertura ao público

CAPÍTULO 2 – O PALÁCIO DA AJUDA A “MUSEALIZAR-SE” – 1938 A 1964
Tutela (Direção Geral da Fazenda Pública)
Administração do Palácio Nacional da Ajuda
Palácio aberto à visita

CAPÍTULO 3 – O PALÁCIO DA AJUDA “MUSEALIZADO” – 1964 A 1981
Tutela
Administração do Palácio Nacional da Ajuda
Palácio-museu

CONSIDERAÇÕES FINAIS