A Assembleia Geral das Nações Unidas, pela Resolução 60/7, de 1 de Dezembro de 2005, escolheu esta data por ter sido o dia, sessenta anos antes, em que o campo de concentração de Auschwitz foi libertado, pelas tropas soviéticas, do jugo nazi.
Lembrar e homenagear todos os que sofreram e sucumbiram aos horrores do extremismo nazi é dar uma dimensão universal à necessidade premente e inadiável de respeito pelos direitos humanos, pela humanidade no seu todo, na dignidade que lhe é inerente.
Prevenir o horror do genocídio, negando a ação de extremismos, impõe uma atitude de alerta permanente, pois são vários os sinais de risco, nem sempre imediatamente percetíveis e, tantas vezes, perversamente enganadores e sinuosos.
Há, por isso, que desenvolver, em contínuo, uma pedagogia sólida, na família, na escola, na sociedade, nos vários países, de construção do sentido do outro - afinal e sempre um ser humano - em diálogo permanente e entendimento mútuo.
Das coleções desta biblioteca, destacamos de Pietro Metastásio (1698 – 1782) - poeta e profícuo libretista, a quem se atribui a asserção: “Usar da vingança com o mais forte é loucura, com o igual é
perigo, e com o inferior é vileza” - a seguinte obra, em tradução portuguesa assinada pelo poeta luso-brasileiro José Basílio da Gama, autor do poema épico “O Uruguai”:
Título:
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A liberdade: cançoneta
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Autor(es):
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de Metastásio ; com a imitação franceza de J. J. Rousseau ; e as
traducçoens portuguezas de José Basilio da Gama e de hum anonimo
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Publicação:
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Lisboa : na Typografia Lacerdina, 1810
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Colação:
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15, [1br.] p. ; 8º (16 cm)
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Notas:
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Texto a duas coln.
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Veja também:
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Localização:
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154-II-5,
nº 21 (BAJUDA)
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“Pensei
nos prisioneiros que permaneceram nus com um tempo gelado, afastado das suas
famílias, despidos dos seus cabelos enquanto se preparavam para as câmaras de
gás. Pensei também nos que era mantido vivos apenas para trabalhar até a morte.
A crueldade foi tão profunda, a sua escala tão grande, a visão dos Nazis tão
distorcida e extrema e o extermínio tão organizado e naturalmente calculado.”
Ban-Ki
Mun, ex- Secretário Geral da ONU, em visita a Auschwitz- Birkenau